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28 de fevereiro de 2012

O Justo Viverá Pela Fé

Habacuque sofreria muito se vivesse nos nossos dias. Suas súplicas a Deus por Justiça frente ao viver impiedoso do seu próprio povo deve nos fazer orar como ele orou, pedindo que Deus aja mesmo contra o seu povo, para que este possa acordar da letargia e fraqueza moral com que vive.

Por mais surpreendente que tenha sido, a resposta de Deus ao profeta dizendo que mandaria um povo ímpio para escarnecer do seu próprio povo parece também ter cumprimento nos nossos dias. Somos, como ‘evangélicos’ motivo de piadas e chacotas por causa dos falsos crentes e líderes que embaralham a mente do mundo e envergonham o evangelho.

Mas como devemos, os crentes, perceber todo esse engano que o falso cristianismo tem mostrado? Deus disse a Habacuque que escrevesse numa tábua de pedra (igualzinho aos 10 mandamentos) qual seria o centro da sua mensagem: O justo viverá pela fé.

Aprendendo a lição, o profeta declarou que se tudo na vida acabasse, a figueira não florescesse, a oliveira murchasse, os currais ficassem vazios, ainda assim ele se alegraria em Deus e na sua salvação.

Será que esse evangelho pode ser pregado como suficiente?

Se tudo o que der prazer ao leitor: família, emprego, estabilidade e o que mais você puder pensar for requerido de você hoje, você precisa entender que viver pela fé é, ainda nas piores circunstâncias poder dizer: ainda assim eu me alegro no Deus da minha salvação.

Parece diferente do que você vê na TV? Mas esse é o evangelho daquele que nos chamou assim: Quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.

Esse é um convite irrecusável!

Abraço,

Samuel Vitalino

18 de fevereiro de 2012

Felicidade sem fim

palhaco-blogols-ionio-freire “Tristeza não tem fim. Felicidade, sim...”, dizem Tom Jobim e Vinícius de Morais em uma de suas músicas chamada “Felicidade”. E, para provar que a felicidade é passageira, eles fazem uma comparação:

“A felicidade do pobre parece a grande ilusão do carnaval. A gente trabalha o ano inteiro por um momento de sonho pra fazer a fantasia de rei, ou de pirata, ou jardineira e tudo se acabar na quarta-feira.(grifos meus)

O que é interessante é que essa visão sobre o carnaval como uma “felicidade passageira” não saiu da boca de um cristão, mas de dois ímpios. Apesar disso, ano após ano o Brasil pára e comemora o carnaval e muitos depositam nele a esperança de terem felicidade. O problema é que quando a felicidade é circunstancial, ou seja, depende de alguns artifícios para existir, ela acaba no final da festa.

Após observar a visão que o ímpio tem sobre a felicidade, observemos a visão bíblica no Salmo 89.15-16: Bem-aventurado (feliz) o povo que conhece as vivas de júbilo, que anda, ó Senhor, na luz da tua presença. Em teu nome, de contínuo se alegra e na justiça se exalta.” (grifos meus)

Para os que temem a Deus, a felicidade não tem fim. Segundo o salmista ela é contínua, pois não depende de circunstâncias. Ela é fruto da confiança e do “andar” na luz da presença do Senhor.

Ainda que experimentemos momentos de tristeza, temos a promessa do Senhor de que estaria conosco todos os dias até a consumação dos séculos, e isso nos traz felicidade. Felicidade por saber que, apesar das lutas, das dificuldades e das provações, o Senhor é conosco e nunca nos deixará.

Não precisamos de artifícios para nos alegrar, pois como nos diz o salmista: “O Senhor é meu pastor, nada me faltará”, ou, em outras palavras, se o Senhor é o meu pastor eu não preciso de mais nada.

Graças a Deus não precisamos do carnaval nem de qualquer outro artifício para ser felizes, pois temos a felicidade sem fim na vida oferecida a nós mediante a morte de Cristo Jesus, vida esta, abundante.

Milton Jr.

15 de fevereiro de 2012

Como me irrita financiar o carnaval!

montag_carnaval_101011O Carnaval é como Copa do Mundo, possui a vocação de iludir os brasileiros fazendo-os pensar que são os melhores do mundo. A mídia aproveita o momento para aumentar a sua audiência e abusa na cobertura, sempre mostrando a mesmice enjoada dos blocos carnavalescos no nordeste ou das escolas de samba no sudeste. A maioria da população entra no frenesi cujas oportunidades concentram-se na utilização das máscaras e das fantasias que manifestam os desejos mais íntimos do coração, principalmente os de ordem sexual ou política.

Nem preciso dizer da promiscuidade que corre solta nas grandes concentrações populares fazendo com que as campanhas oficiais sobre o uso de camisinhas cresçam consideravelmente. Junto com a promiscuidade vem a bebedeira e o uso de entorpecentes, ações que destroem o indivíduo em sua conduta e em sua saúde. Resultado: a festa do Carnaval é uma comemoração repulsiva que só promove a malandragem e a destruição que vêm travestidas de alegria e descontração.

Nisso tudo, o que mais me irrita é o fato dessa festa ser financiada com recursos públicos que poderiam ser aplicados em programas culturais mais construtivos como a música, a pintura, a poesia, a publicação de livros etc. Milhões de reais são literalmente queimados pelas pessoas que desejam apenas extravasar publicamente os seus pecados nessa festa onde tudo pode, inclusive o nu público.

Apenas como exemplo, quero mencionar uma prefeitura, a da capital do estado de Roraima, a cidade de Boa Vista. No ano passado, por questões políticas, o Fundo de Participação do Município (FPM) destinado à prefeitura local foi cortado em mais de 50% acarretando grandes transtornos aos munícipes. O ponto mais crítico foi o recolhimento de lixo que diminuiu de três para uma coleta semanal. tornando a cidade literalmente emporcalhada. Não posso negar o empenho do atual prefeito em tentar amenizar o problema que se alastrava para outras áreas como o controle da dengue, mas seus esforços eram praticamente inúteis. Agora vejam só, mesmo diante da calamitosa situação financeira, as verbas destinadas ao chinfrim desfile das escolas de samba boavistense aconteceram sem nenhum prejuízo. Conclusão: o lixo e a dengue podem tomar conta da cidade, mas o miserável Carnaval não pode deixar de acontecer.

É lamentável saber que boa parte das verbas públicas, dinheiro que sai também do meu bolso, serve para subsidiar a bebedeira, a folia, a promiscuidade e os descontroles decorrentes como a violência no trânsito. Além disso temos os exorbitantes gastos extras do Estado no aumento do número de bafômetros, hora extra dos policiais, distribuição gratuita de camisinhas etc. Num país onde a fome ainda persiste e onde a segurança pública e a saúde vivem o caos, é odioso saber que uma atividade tão fútil e tão dispensável como o Carnaval recebe milionárias quantias dos massacrantes impostos que eu e você pagamos.

Como isso me irrita!

Sola Scriptura.

Alfredo de Souza

3 de fevereiro de 2012

Sobre Programas Evangélicos Globais


O ano passado foi, no mínimo, interessante do ponto de vista do mundo “Gospel” brasileiro. Vimos nossos cantores na mídia mais do que nunca. Não apenas o Raul Gil já havia aberto as portas de seu programa de calouros para que cantores evangélicos soltassem a voz, como também a Globo, de forma inusitada, abriu oportunidades no programa do Fausto Silva e do Luciano Hulk para o Ministério Diante do Trono. A Globo inovou com a produção de um programa de final de ano em pleno domingo que contou com a participação de cantores evangélicos.
Várias pessoas têm me perguntado sobre os prós e os contras dessas oportunidades que têm surgido. Alguns até me informaram que Ana Paula Valadão seria apresentadora de um programa global semanal. Em primeiro lugar, li uma entrevista recentemente da Ana Paula informando que ela não havia recebido qualquer proposta da Globo. No entanto, se receber, pensará com carinho na possibilidade.
(confira no site http://www.midiagospel.com.br/noticia/brasil/ana-paula-valadao-fala-sobre-proposta-da-globo).
Agora, deixe-me pensar em algumas coisas sobre estas novidades. Ao mesmo tempo em que elas são boas oportunidades de se propagar o nome de Cristo (leia Filipenses 1 e veja como Paulo não se esforçou para impedir que pregadores falassem por interesse comercial), fazendo com que alguns temas da mensagem do evangelho penetrem nos lares, nem tudo são rosas. Há alguns espinhos indesejáveis. O primeiro deles é a clara intenção da Globo de lucrar com o novo “filão” do mercado brasileiro. Há um número cada vez maior de crentes no Brasil, sejam eles reformados, confessionais, tradicionais, pentecostais ou neo-pentecostais. Você pode não apenas olhar para essa classe do ponto de vista da religião, mas também como uma fatia preciosa no mercado. Basta uma caminhada pela Rua Conde de Sarzedas em São Paulo ou na Galeria Gospel de BH (pense no polo comercial evangélico de sua cidade), e você constatará o que eu estou dizendo. São milhões de consumidores de CDs, Bíblias, livros, acessórios, roupas com dizeres bíblicos, etc. Não se engane. A Globo não está interessada em divulgar a fé evangélica. Ela está interessada no dinheiro que os evangélicos podem dar a ela pelos seus contratos de publicidade e através de seu selo musical.
Outro perigo é o da promoção da superficialidade do conhecimento bíblico. Um programa como “Caldeirão do Hulk” não permitiria espaço para uma pregação da Palavra explicando, contextualizando e aplicando o texto bíblico. Além do mais, o máximo que se consegue é dizer algo do tipo “Jesus me deu paz”, “Jesus pode te fazer feliz”, veja bem, coisas essas que os budistas diriam em relação a seu ídolo, umbandistas diriam dos orixás ou os muçulmanos diriam em relação a Alá ou Maomé. Mas existe uma diferença brutal e incomparável entre Cristo e essas figuras religiosas. Jesus é o Criador de todas as coisas (Jo 1.1-3). Ele é eterno, o filho de Deus, verdadeiro Deus (1Jo 5.20), o único mediador (2Tm 2.5), aquele que é digno da nossa adoração e louvor (1Tm 6.14-16; Jd 24,25). Sendo homem, pagou pelos pecados como representante do homem; sendo Deus, fez com que seu sacrifício fosse no lugar de muitos e, assim, satisfez perfeitamente a justiça de Deus. No entanto, por causa do formato de um programa televisivo e até por causa do pluralismo vigente na sociedade atual, nada disso poderia ser dito. Ficaríamos apenas com máximas vazias de conteúdo e cheias do vácuo doutrinário.
Outro perigo é o da análise incorreta da realidade evangelical brasileira a partir do que se vê em programas assim. Quem vê Kleber Lucas na TV cantando vai pensar que é da mesma linha que o Stênio Marcius ou Edilson Botelho. Quem fará distinção entre a linha teológica de Priscila Barreto e Eyshila? Jorge Camargo será do mesmo perfil doutrinário que Regis Danese. Hoje em dia ninguém sabe a diferença entre Igreja Presbiteriana do Brasil e uma outra igreja presbiteriana cujo “pastor” celebra bênção matrimonial entre pessoas do mesmo sexo. Quando um escândalo envolve um pastor evangélico ou uma igreja evangélica, todas as denominações sofrem com a identificação sumária. Aliás, a moda é não pensar nas diferenças, mas sentenciar: “para mim é tudo a mesma coisa!” Eu sinceramente tenho a plena convicção de que a música cristã brasileira é muito mais que Diante do Trono, Cristina Mel, Kleber Lucas, Trazendo a Arca, Vineyard, Eyshila, Marina de Oliveira, Fernanda Brum, Aline Barros e outros da mesma linha. Esses estilos mais comerciais, e que por sinal são muito parecidos (falo como quem já teve uma produção musical taxada como não comercial), não podem representar ou resumir a música cristã brasileira. É preciso falar também de Daniel Maia, Stênio Marcius, Edilson Botelho, Jorge Camargo, João Alexandre, Guilherme Kerr, Sérgio Leoto, Gerson Borges, Nelson Bomilcar, Glauber Plaça, Diego Venâncio, Jader Gudin, Gladir Cabral, Tiago Vianna, Ivan Melo, Davi Werner, Hildemar Falcão, Índio Mesquita, Carlinhos Veiga, Expresso Luz, Hadassa (de Recife), Iclayber, Fabinho Silva, Cíntia e Sylvia, Carlos Sider, Gerson e Andréa, Cristian Peticov, Cláudio Rocha, Sérgio e Marivone, Samuel Tito... (me perdoem aqueles cujos nomes não foram citados, mas isso não importa tanto; seus nomes estão arrolados no livro da vida do Cordeiro morto antes da fundação do mundo e é isso o que importa de fato).
Concluindo esta breve reflexão, pergunto: pode ser uma coisa boa? Sim, pode, mesmo porque importa que o nome de Jesus seja proclamado, como disse Paulo em Filipenses 1. No entanto, se o escândalo da cruz é encoberto, se pregação do sangue derramado em favor de muitos é omitido, se a necessidade de arrependimento é solapada, se a exortação à santidade é deixada para outra ocasião, se a verdade da ressurreição ao terceiro dia é esquecida, se a segunda vinda nem é lembrada, então o nome de Cristo não é anunciado; antes, é profanado. É triste ver como pessoas e instituições voltadas para o lucro fazem de tudo para conseguirem uns cascalhos, até mesmo dar espaço àquilo que tolheu por toda a história. Convenhamos: quem é que sempre divulgou o misticismo, o comportamento libertino (BBB que o diga), o catolicismo, a espiritismo, o esoterismo, o budismo e até o islamismo em uma novela, mas jamais falou a verdade sobre a igreja cristã e o povo genuinamente evangélico? (Exceto numa sequência de cinco reportagens em horário nobre). Então, não solte fogos de alegria porque alguém apareceu na Globo cantando o nome de Jesus. Antes, conheça melhor a sua Palavra e permaneça nele. Adore a Deus somente e não a ídolos fabricados para que você dependa deles para sentir-se satisfeito. Adore a Deus somente e não a ídolos evangélicos televisivos. Satisfaça-se somente em Deus e assim você dará toda a glória somente a ele. Procure conhecer não somente aquilo que vem da indústria musical, fabricado em série, baseado em pesquisas de mercado. Não seja manipulado. Ouça também quem quer te fazer pensar. Ouça a quem quer ensinar a Bíblia com profundidade, criatividade e beleza poética. Afinal, somos ou não somos inteligentes?

Pr. Charles