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30 de julho de 2010

Confissão de um Mentecapto!

Odeio Teologia! Não quero nem saber!
Odeio discussões sobre soberania;
Odeio que falem da liberdade delirante.
Quero ser livre para ser estouvado!
Quero ser livre para ser raso!
Quero ser livre, longe da certeza!
Quero ser livre para a mente ser tesa!
Livre da Lei, livre da consciência.
Livre do saber, livre da reflexão,
Livre da Teologia, livre do saber.
Afinal, para que Teologia?
Prefiro o humanismo aloucado da teopraxia que nada responde;
Prefiro a verborragia dos clichês, da superficialidade daquilo que não sei;
Prefiro criticar por criticar pela defesa desatinada;
Prefiro o acho profundo a achar profundidade;
Quero criticar repleto de ingenuidade;
Somente criticar na crise da incautice do “nada sei e nem quero saber”!
Nada melhor do que ser inoculado pelo liberalismo;
Que injeta sem dor, sem sentido, sem nada;
Confissão do nada; fé de nada que muito exala o manhoso aroma,
Transformando minha confissão na confecção mesquinha.
Pois o que quero é encharcar a minha fé nas águas salobras de uma lagoinha;
Quero ser novo, quero ser neo, quero ser fogo!
Sentir o gosto das chamas que me enganam por que gosto.
Fogo que queima a lucidez, fogo que queima o saber, fogo que queima a Lei.
É por isso que eu odeio Teologia! E por que odeio tanto?
Odeio Teologia se tenho que ponderar; odeio Teologia se tenho que ler;
Odeio Teologia se tenho que examinar; odeio Teologia se tenho que escrever;
Odeio Teologia se tenho que lutar; odeio Teologia se tenho que amadurecer;
Odeio Teologia se tenho que pensar! Odeio Teologia se inteligente me tornar!
Odeio Teologia, quero ser insensato! Odeio Teologia, quero ser raso!
Odeio Teologia! Não quero nem saber!

Sola Scriptura.

Alfredo de Souza


29 de julho de 2010

Doutrina... Para quê Isso?



“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações” (At 2.42).

Um movimento norte-americano chamado “Odres Novos” tem procurado resgatar a importância da doutrina em algumas Igreja Presbiterianas. “Espera aí... Tentando resgatar a importância da doutrina numa igreja presbiteriana?”— Você deve estar se perguntando. Isso porque a força da doutrina sempre foi uma marca registrada no presbiterianismo. Por mais que soe estranho, a importância da doutrina tem mesmo que ser resgatada na igreja de um modo geral, inclusive a presbiteriana.

Existem algumas razões que mostram que a importância da doutrina merece resgate em nosso tempo. A nossa geração tende à preferência por uma “missigenação denominacional”, onde as denominações perdem suas peculiaridades para dar lugar ao intercâmbio. Dizem os especialistas em Ciências da Religião, que a tendência é que as diferenças entre as igrejas sejam substituídas por uma identidade única isenta de profundidade teológica e preenchida com a tendência da maioria. É por isso que a pressão do pentecostalismo é tão forte; afinal, a maioria pensa assim! Eu já ouvi muita gente perguntar: “por que só os presbiterianos pensam e agem assim?”. Já ouvi também coisas do tipo “mas as igrejas dos meus amigos todas fazem desse jeito...” Outras razões têm sido apontadas como motivos para não se interessar pela doutrina: a doutrina só causa divisão; ela suprime a evangelização; ela impede o crescimento da igreja; doutrina produz frieza espiritual; ela faz com que o culto seja frio. Mas a pior de todas é “doutrina impede a ação do Espírito Santo, pois a letra mata, mas o Espírito vivifica”. Essa é a pior porque torce o texto e ignora que a “letra” significa a “lei”. E outra, se o Espírito é antagônico à doutrina, então por que ele inspirou a Bíblia? Doutrina é apenas a exposição das Escrituras!

É claro que doutrina não divide a igreja; pelo contrário, ela une. A Bíblia diz que os crentes de Jerusalém perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, e ainda diz que perseveravam unânimes no templo (At 2.42,46). A doutrina não suprime a evangelização; antes, fornece a base e a motivação para que ela seja feita corretamente (2Tm 4.2,3). A doutrina não impede o crescimento da igreja pelo simples fato de que os crentes da Igreja Primitiva perseverava na doutrina e, “enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia os que iam sendo salvos” (At 2.47). Também ela não gera frieza espiritual, pois a mesma igreja adorava com fervor e alegria e, ao mesmo tempo, perseverava na doutrina (At 2.43-47). A doutrina fortalece a igreja; fornece base para que o crente suporte aflições; mantém cada membro do corpo de Cristo atento na hora em que surgem as heresias perniciosas.

Para encerrar esta reflexão, olhe para a sua igreja local. Qual a porcentagem dos membros que participa dos estudos semanais? Pode ser que ela também precise de resgate da sã doutrina. Sempre haverá muitas pessoas que podem ir, mas não vão. Isso é triste, pois demonstra o nível do interesse pelo ensino correto, justo num tempo de desinteresse pela verdade. Também perde-se a chance de perguntar mais, ouvir melhor, aprender mais... Não perca estudos bíblicos. Se você tem alguma sugestão para melhorar, procure o seu pastor e sugira, mas não perca. Senão, daqui a alguns anos, será ainda mais difícil suportar o apelo do pentecostalismo, neopentecostalismo, neoliberalismo, neoisso, neoaquilo e neoaquiloutro.

Pr. Charles

28 de julho de 2010

Querido leitor,

É com alegria que apresentamos este Blog formado por teólogos de várias regiões do Brasil, cujo objetivo geral já se encontra explicitado no próprio título. O nosso intuito é discutir sobre problemas atuais tendo a Bíblia como parâmetro das reflexões. Para isso produziremos textos simples e objetivos com uma linguagem que possa ser compreendida por qualquer um que a leia.

Ressaltamos que a nossa cosmovisão é reformada e os nossos textos se apresentarão como alternativa bíblico-reformada. Com isso, tentaremos mostrar que a Bíblia sempre traz respostas, diretas ou indiretas, para os anseios da humanidade.

Todos nós cremos na inerrância das Escrituras, no nascimento virginal de Jesus, em sua morte vicária, na sua ressurreição, em sua segunda vinda visível, assim como na ressurreição dos mortos, no Dia do juízo final e na morada eterna do eleitos com o Deus criador de todas as coisas visíveis e invisíveis.

E quem somos nós? Vamos às breves apresentações em ordem alfabética:

Alan Kleber, sergipano, é teólogo e pastoreia na cidade de Aracajú – SE; Alfredo de Souza, argentino de nascimento, é teólogo e historiador, atualmente pastoreia na cidade de Boa Vista – RR; Charles Melo é teólogo, músico e compositor, hoje pastoreia na cidade de Belo Horizonte – MG; Eduardo Ferraz, paulista, é teólogo, administrador de empresas e pastoreia na cidade de Araçatuba – SP; Ewerton Tokashiki é teólogo e professor, atualmente pastoreia na cidade de Porto Velho – RO; Milton Junior, capixaba, é teólogo e pastoreia na cidade de Vitória – ES; Robério Basílio, pernambucano, é teólogo e pastoreia na cidade de Feira de Santana – BA; Samuel Vitalino, pernambucano, é teólogo, advogado e poeta, atualmente pastoreia na cidade de Teresina – PI.

Esperamos de coração que todos gostem da nossa proposta e que participem das reflexões democraticamente.

Que Deus abençoe a todos nós e seja bem-vindo ao nosso espaço.