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31 de maio de 2011

A Solução Para a Sua Família




Numa novela televisiva, a cena mostrou o pai sendo desonrado pela filha adolescente que queria ter uma vida autônoma. Ela era mal falada no bairro, o pai sabia disso e tentou preservar a honra da filha. Foi em vão. Ela se rebelou e saiu de casa.


Embora essa cena seja fictícia, retrata o que tem sido realidade em muitos lares brasileiros. As novelas não apenas sugerem o modo comportamental às famílias, como também retrata o que têm ocorrido no dia a dia das pessoas. Um novelista famoso disse que possui um caderno que ele chama de “lixo”, no qual escreve relatos que ouve sobre problemas familiares. Ele disse que se inspira nesse “lixo” para produzir suas tramas, tudo retirado da vida real.


Mas não precisamos ir longe para perceber isto. Basta uma viagem curta na nossa memória, e nos lembraremos de famílias partidas pelo divórcio e por brigas pela posse da herança do rico falecido. Também virá à memória pais reclamando de seus filhos ingratos, malcriados e desobedientes, esposas que ridicularizam seu marido na frente dos outros, maridos que são estúpidos com os filhos e com a esposa em público (como se no privado não fosse também destrutivo).


O que está havendo com as famílias? A resposta é simples. Não possuem um referencial correto que ensine como deve ser a vida em família de forma a glorificar a Deus e ser feliz. Os referenciais antigamente giravam em torno do respeito aos pais, da hora certa de chegar em casa, do recato e decoro no namoro, do respeito aos pais do cônjuge, da disciplina dos filhos e da afetividade explícita.


Hoje os referenciais são diferentes. Fala-se em direitos dos filhos que colocam a faca no pescoço do pai para dar o bem desejado. Fala-se em igualdade dos sexos quando na verdade a hombridade tem sido jogada fora num lixo qualquer da ridicularidade vexatória. Fala-se em independência da mulher em relação ao marido, sendo que o propósito de Deus não foi de separação, mas de união, sendo os dois “uma só carne”, tendo um só propósito, sonhos em comum, lutas e vitórias compartilhadas. Deus não fez o homem para subjugar a mulher, nem esta para se rebelar contra seu marido, mas os dois para se amarem, se respeitarem e, juntos, contribuírem para a construção de uma sociedade justa e cheia de amor ao próximo.


Qual a solução para tantas dificuldades? Qual a resposta diante de tantas disputas e discussões sem fim? A Bíblia tem a solução. Deus tem poder para redimir qualquer família, por mais quebrada que esteja, por mais desajustada que pareça. O pecado da humanidade é o responsável pela degradação dos lares e Cristo venceu o pecado na cruz do Calvário, quando se ofereceu como sacrifício para quitar a sentença necessária para satisfazer a justiça de Deus. O pecado que destrói a família foi lançado sobre Jesus Cristo na cruz e este pagou por ele. A grande demonstração de que o custo pela transgressão da lei de Deus foi pago é o fato da ressurreição de Cristo. O pecado gera a morte. Como Cristo pagou pelo pecado, também venceu a morte ressuscitando ao terceiro dia.


Aquele que crer nisso de coração também buscará viver pelo padrão do santo evangelho de Cristo. Esse evangelho restaura vidas, corrige desvios de caráter, reconstrói as pontes no lugar dos muros levantados partindo relacionamentos. A Bíblia ensina aos filhos a obedecerem aos pais em tudo, sendo estes instrumentos de Deus para o seu bem (Ef 6.1-3). Ensina as esposas a serem submissas ao próprio marido como ao Senhor, porque seu marido é quem lhe dará companhia, proteção e lutará por seu aperfeiçoamento e satisfação (Ef 5.22-24). Ensina aos maridos a amarem a sua própria esposa, como Cristo amou a igreja (Ef 5.25-33). A Bíblia também nos ensina a buscar ao Senhor em família (Dt 6.4-9; Sl 128).


Certamente, não há problema familiar que seja intransponível ao poder de Deus, nem coração que seja duro demais para que o Senhor não possa quebrantar. Por essa razão, somente Deus tem a solução para uma família quebrada. Basta conhecer a Palavra de Deus, a Bíblia, sua verdade plena. Basta orar pedindo socorro a Deus, crendo de todo coração que ele pode ajudar. Basta obedecer aos seus comandos. Somente em Deus você poderá encontrar a solução definitiva para sua família, seja ela qual for, sejam os problemas quais forem. O poder de Deus para consertar é maior do que o nosso de destruir.



Pr. Charles

23 de maio de 2011

Onde Estão os Meus Direitos?

 Obs. Seguindo Alfredo, republico postagem de 2006 por causa da atualidade do tema.

Uma coisa me chamou a atenção na última “Parada Gay” na cidade de São Paulo; foi o grito por Direitos Iguais. Isso me despertou para ver como andam os meus próprios direitos no Brasil. Levando-se em consideração que sou homem, brasileiro, 32 anos, sem deficiência física, branco, classe média e heterossexual; comecei a me preocupar com a escassez de direitos dirigidos a minha pessoa.

Como sou homem, se esvaem pelas mãos os direitos próprios da mulher. A isonomia nesses casos iguala as mulheres em todas as coisas, menos nas que os homens seriam beneficiados com a ‘igualdade’. Tudo bem; abrimos mão de tudo pela fragilidade feminina.

Não sou estrangeiro, por isso não possuo alguns direitos dentro do meu próprio país que eles possuem. Um protecionismo internacional que só vejo precedente nos Estados Unidos. Lá eu tenho mais direitos que aqui: Soy latino!


Minha idade é uma lástima. Não tenho direito às leis de proteção à infância e adolescência nem à juventude; mas também ainda não cheguei à boa idade e me escapam os direitos dos idosos. Também não tem problemas, amamos as cãs e mesmo que não houvesse leis específicas creio que todos nós cederíamos os primeiros lugares nas filas para eles (e as grávidas, mães de colo e deficientes sem problema nenhum).

E por falar em deficientes, eu não tenho deficiência física e, conquanto assine em baixo as leis de proteção aos deficientes, temos o exemplo máximo de um dedinho que torna um homem inválido para ser torneiro Mecânico, mas o habilita a ser Presidente da República. Que país!

Sou branco. E por mais que espere o verão para ‘pegar uma corzinha’ não se reserva cotas específicas aos bronzeados artificialmente. Por vezes me sinto discriminado com essas coisas.

Como pertencente à classe média, a coisa é muito esquisita. Não sou apto para ser beneficiado por nenhum dos projetos paternalistas do Governo ao passo que não tenho recursos para não me preocupar com a situação financeira – tenho esposa e dois filhos para cuidar.

Mas o grito Gay para mim foi o mais interessante. Assustador, até! O que significa Direitos Iguais? Primeiro, eles querem ser tratados como um sexo – mas não são; querem ser tratados como uma raça – mas não são também. Mais ainda, querem ter todo o direito de liberdade de expressão (mesmo que invadindo preceitos de retidão e caráter), mas lutam para que alguém como eu – notadamente minoria – não tenha sequer a possibilidade de criticá-los (PL 122 - Lei da Homofobia).

Quanta incoerência! Tentam se utilizar do Artigo 5º da Constituição Federal, mas interpretam ao seu bel prazer. Se não há distinção – porque eles buscam a distinção? Se tivermos liberdade de crença, por que não posso crer que o homossexualismo é pecado segundo a Bíblia que creio afirma? Se tivermos liberdade de expressão, por que não querem ouvir pela minha livre expressão que eles estão errados na escolha deteriorante que fizeram?

Mais incoerência. Ao falar contra o homossexualismo somos acusados de racistas. Certamente isso é uma grande loucura; racismo existe (infelizmente) entre brancos, negros, índios (até argentinos), mas homossexual não pode ser considerado como raça ou sexo. Sabemos da existência de dois sexos: macho e fêmea; homem e mulher. A terceira é a via da aberração – falo sem qualquer preconceito, mas com convicção.

Como parte de uma ínfima minoria: masculina, brasileira, branca, adulta e heterossexual eu não conseguirei juntar 3 milhões de minha espécie na Av. Paulista, e, por isso, sozinho aqui, do meu dia-a-dia no Piauí, levanto a bandeira em passeata solitária: onde estão os meus direitos?

20 de maio de 2011

A HOMOFOBIA E A BÍBLIA

NOTA DO AUTOR: esta postagem foi originalmente publicada em meu blog dois anos atrás. Republico aqui para pensarmos um pouco mais sobre a PLC 122/2006.

O Brasil passa hoje por transformações que influenciam diretamente a rede social. Aspectos simbólicos são remodelados e até mesmo construídos às custas da destruição de outros. Isto não ocorre apenas pelo aclamado “dinamismo social” que alguns tanto defendem, mas ocorre também por mudanças em nossa legislação.

Um ponto que tem ganhado as manchetes são as leis voltadas às minorias. Afro-descendentes, sociedades tradicionais, portadores de necessidades especiais, gênero feminino, enfim, são grupos que reivindicam para si direitos especiais como elemento retificador da história dos invasores, senhores de escravos, hedonistas, machistas, e por aí vai. Tenho sempre dito em tom de brincadeira que, atualmente, sou a pessoa mais desafortunada que existe, pois sou do gênero masculino, branco e cristão protestante.

Mas há nisso tudo algo que me preocupa. Trata-se da inserção dos homossexuais nesses grupos minoritários para que possam usufruir de direitos especiais. Refiro-ma ao que ficou conhecido como “lei da homofobia”, projeto da Deputada petista Iara Bernardes (PT/SP) que tramitou na Câmara dos Deputados em Brasília sob o n.° 5003/2001 e foi aprovado numa quinta-feira, 23 de novembro de 2006, em regime de urgência, com poucos parlamentares na Casa. Após a aprovação, foi enviado ao Senado, onde tomou o n.° 122/2006. Segundo a autora do projeto, trata-se de uma lei que visa coibir a discriminação de homossexuais, tipificando os crimes de “homofobia” com a aplicação de penalidades.

Nenhuma argumentação utilizada para a aprovação dessa lei me convence. Em primeiro lugar, ser homossexual não é uma determinação biológica, ou seja, ninguém nasce homossexual como nascem os portadores de cuidados especiais. A homossexualidade é uma escolha deliberada, logo, não faz sentido classificá-la como um grupo minoritário merecedor de privilégios legais.

Em segundo lugar, já existem leis no Brasil que punem rigorosamente toda e qualquer violência contra quem quer que seja. A crueldade exercida contra os homossexuais é um pecado absurdo, pois nada justifica o “fazer justiça com as próprias mãos”. Aliás, de justiça não há nada em tais práticas. Os “assassinos” de homossexuais devem ser perseguidos pela lei até às últimas conseqüências e punidos com o máximo rigor. Dito isto, afirmo sobre a desnecessidade de se criar uma lei específica que, em seu âmago, transcende a proteção que preserva a integridade física dos homossexuais, uma vez que os direitos a esta integridade já estão garantidos.

Em terceiro lugar, é errado e desprezível toda e qualquer chacota jocosa que venha ferir a honra de alguém. É abominável qualquer piada, depreciação, jocosidade gratuita ou bulling contra os homossexuais. Caso isso ocorra, a lei que possuímos também protege as vítimas, criminalizando os autores de tais pecados. Mais uma vez afirmo: diante dessa realidade, não há necessidade de se criar um foro privilegiado.

Bom, até aqui não há novidade nenhuma. Mas daqui para frente quero refletir sobre um aspecto que se tornará um problema mastodôntico caso a lei da homofobia seja definitivamente aprovada. Estou me referindo às Sagradas Escrituras que deverão se tornar um livro absolutamente proibido no Brasil, tornando-se alvo das polícias militar, civil e federal, cuja missão será apreender todo e qualquer exemplar existente do livro ilegal.

Talvez alguns digam: isso é um exagero! Será? Bem, do ponto de vista da lei da homofobia, a Bíblia já se transformou num texto preconceituoso e homofóbico. Vejamos alguns exemplos:

1) Segundo a Bíblia, a prática homossexual é repugnante, conforme Levítico 18: 22.
Não se deite com um homem como quem se deita com uma mulher; é repugnante.”

2) Segundo a Bíblia, a prática homossexual era passível de penalidade, conforme Levítico 20: 18.
Se um homem se deitar com outro homem como quem se deita com uma mulher, ambos praticaram um ato repugnante. Terão que ser executados, pois merecem a morte” (vejam que aqui a pena de morte era uma sanção da magistratura da época).

3) Segundo a Bíblia, a prática homossexual é antinatural, conforme Romanos 1: 26, 27.
Por causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. Da mesma forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão.”

4) Segundo a Bíblia, a prática homossexual é pagã diante de Deus, conforme 1º Coríntios 6: 9, 10.
Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus. Assim foram alguns de vocês. Mas vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus.”

5) Segundo a Bíblia, a prática homossexual transgride a Lei de Deus, conforme 1ª Timóteo 1: 8 a 11.
Sabemos que a Lei é boa, se alguém a usa de maneira adequada. Também sabemos que ela não é feita para os justos, mas para os transgressores e insubordinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreverentes, para os que matam pai e mãe, para os homicidas, para os que praticam imoralidade sexual e os homossexuais, para os seqüestradores, para os mentirosos e os que juram falsamente; e para todo aquele que se opõe à sã doutrina. Esta sã doutrina se vê no glorioso evangelho que me foi confiado, o evangelho do Deus bendito.”

E agora? Caso a lei da homofobia seja sancionada no Brasil, o que fazer com a Bíblia?

Bem, eu sou cristão reformado, e como tal possuo as Escrituras como minha única regra de fé e prática. Ela me diz que devo amar ao próximo como a mim mesmo, então devo amar os homossexuais, orar por cada um deles e pregar o Evangelho do Senhor Jesus a todos. A Bíblia também me ensina que não devo discriminar ninguém, pois não sou melhor nem pior, sou apenas um semelhante, um pecador que foi alcançado pela graça divina.

Mas a Bíblia também me ensina que a prática homossexual é pecado assim como são igualmente pecados o adultério, o divórcio, a fornicação e a prostituição. É assim que acredito, é assim que obedeço à Santa Lei, e não há nada que possa me convencer do contrário. Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem!

Por este motivo digo, antes que acusem de homofóbicos os pregadores fiéis da Palavra de Deus, saibam que todos eles estão sendo verdadeiros àquilo que crêem. E se a pregação da Palavra de Deus, que hoje é livre e protegida por lei, se tornar um crime, então todos os pregadores fiéis terão problemas com a lei.

Quero encerrar a presente postagem utilizando a definição feita pelo Dr. John Sttot ao afirmar que os homossexuais são “...pessoas humanas feitas à imagem de Deus, ainda que caídas, com toda glória e tragédia que este paradoxo possa implicar”1.

Logo, todos os homossexuais são pecadores que necessitam da graça de Deus assim como eu também necessitei e ainda necessito. A mesma Bíblia que acusa o homossexualismo de pecado contra o Senhor Deus, é a mesma que anuncia, sem acepção de pessoas, o Evangelho de salvação e misericórdia.

Sola Scriptura

1 STTOT, John. Grandes questões sobre o sexo. Rio de Janeiro: Vinde, 1993. p. 159.

17 de maio de 2011

A MULHER CRISTÃ CONTRA O MUNDO!

Todos concordam que a macro cultura ocidental é responsável pela degeneração dos valores contidos no Evangelho, valores estes destinados à sociedade em geral. A invenção do ateísmo no século XIX demonstra até onde vai a depravação humana contra Deus conforme revelado na carta de Paulo aos Romanos, capítulos um e dois. Nesse mórbido contexto encontramos o que considero a mais nojenta ação humana contra a Lei divina: a relativização dos princípios imutáveis das Escrituras que adéqua o Evangelho às insanidades culturais. O sentido contrário é que deveria ser a regra: o Evangelho se impondo ao mundo.

Um exemplo disso é o papel da mulher na família e na sociedade. Antes de tudo quero reiterar minha total repulsa ao pecado do machismo onde o homem se acha no direito de apequenar a mulher diante da auto-afirmação masculina. Machismo é pecado e fere princípios básicos de relacionamentos conforme Gálatas 3: 28 e Efésios 5: 21 a 33, para citar apenas dois textos sagrados. Da mesma forma, o pecado do feminismo (aliás, todo “ismo” é pecado quando se coloca no lugar de Deus e da sua Lei) tem se alastrado mundo a fora, e a igreja, que caminha na retaguarda, tenta se adaptar em nome da política da boa vizinhança.

Fico estarrecido como o lugar funcional da mulher, segundo o mundo, está contaminando as igrejas, ruindo com a vontade de Deus. Vale lembrar que a família, segundo o Criador, é o microcosmo paradigmático ao mundo, isso mesmo, o lar cristão é o modelo para a igreja em geral e para a sociedade como um todo. Nesse sentido, quero refletir rapidamente sobre o papel da mulher crente na família, igreja e sociedade, Precisamos repensar qual é o modelo de Deus para a mulher nos dias de hoje. Vejamos três itens.
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1. A mulher deve criar os filhos e ser boa dona de casa: Eu sei que a sensação das pessoas que lêem um subtítulo como este é de desconforto e até mesmo indignação. Mas é exatamente isso que Paulo recomenda a Timóteo em seu ensino e pestoreio às mulheres:

Quero, portanto, que as viúvas mais novas se casem, criem filhos, sejam boas donas de casa e não dêem ao adversário ocasião favorável de maledicência.” (1 Tm 5: 14)

Embora a recomendação seja às jovens viúvas, o princípio aplicado é geral. Toda mulher cristã deve saber administrar o lar, conduzindo-o ordeiramente. É uma lástima ver que tantas médicas, engenheiras, advogadas, psicólogas, secretárias executivas etc. são incapazes de cozinhar, passar, proporcionar e manter sua casa limpa e bem cuidada. Tais mulheres descumprem uma ordem clara do Evangelho quanto ao seu papel no lar. Pior quando não dispõem de tempo para cuidar de seus filhos (quanto a este assunto específico veja aqui). Podemos concluir que uma mulher cristã que não é boa dona de casa, é uma esposa/mãe antibíblica.

2. A mulher deve se sujeitar ao marido: Este é outro princípio que foi corroído pelo pecado social. O princípio de autoridade é claro em sua determinação funcional, lembrando que este princípio foi estabelecido pelo modelo da criação (1 Tm 2: 9 – 15). Paulo fala claramente sobre isso a Tito no tocante ao ensino e pastoreio:

Quanto às mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias em seu proceder, não caluniadoras, não escravizadas a muito vinho; sejam mestras do bem, a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos, a serem sensatas, honestas, boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao marido, para que a palavra de Deus não seja difamada.” (Tt 2: 3 – 5)

O motivo da submissão é simples, para que as Escrituras não sejam difamadas. Todavia, é triste assistir à imitação (por parte da igreja e de seus lares) dos modelos sociais que até colocam uma mulher no lugar de maior autoridade da nação (sobre isto leia aqui e aqui). Se alguém duvida desta distorção, basta ver os cargos que as mulheres estão exercendo nas igrejas locais, e não me refiro às “pastoras”, “presbíteras” ou “episcopisas” (vulgarmente chamadas de “bispas”), eu me refiro aos púlpitos e às salas de aulas repletas de varões como alunos que possuem uma mulher à frente. Eu me refiro também ao cargo de presidência das sociedades domésticas e dos ministérios cujo rol inclui o gênero masculino.

São sutilezas amainadas pela contextualização secular. Paulo é enfático neste assunto ao ensinar que qualquer atitude que coloque em cheque a autoridade do homem sobre a mulher, por mais simples ou inofensiva que possa parecer, deve ser radicalmente banida. Ou seja, se em uma cultura, a mulher coloca em jogo a autoridade do marido pelo simples ato de perguntar algo em público na igreja, então ela deve permanecer calada e fazer perguntas somente em casa (1 Co 14: 34, 35; 1 Tm 2: 11 – 15).

É bom lembrar que as solteiras e viúvas devem possuir um homem que exerça autoridade sobre a sua vida. Esse alguém pode ser o pai, o irmão mais velho, o pastor etc.

3. A mulher deve ser recatada em seu traje: Esse assunto é complicadíssimo dentro da igreja. Sempre tenho ensinado ao meu rebanho que a mulher deve ser atraente, mas nunca sensual. O problema é que quanto mais as roupas diminuem de tamanho, comprimindo o corpo, mais a igreja se adapta a isso. É deprimente ver mulheres crentes vulgarizarem o corpo numa calça saint-tropez, numa blusa curta de alcinha, num vestido apertado que marca a roupa íntima ou numa mini-saia que mais revela do que esconde. Quanto a isso temos:

Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, porém com boas obras (como é próprio às mulheres que professam ser piedosas).” (1 Tm 2: 9, 10)

O que Paulo está dizendo é que nenhuma mulher crente pode se vestir como as vulgares ou prostitutas da sociedade. Isso deve ser um imperativo numa sociedade que sexualiza crianças de até quatro ou cinco anos de idade.
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Será que esses itens supracitados chocam a nossa mente? A impressão que deixam é que são estruturados no radicalismo intransigente e arcaico? Em minha opinião, se alguém que se diz crente pensa assim é porque está longe do padrão da Palavra de Deus. Além do que, a própria sociedade laica deveria seguir este modelo na íntegra por se tratar de um padrão divino a todos.

Muitos cristãos têm se levantado contra as leis que favorecem a união homossexual ou contra a PLC 122/2006 ou outras decisões que escandalizam e golpeiam o coração e a mente do fiel. Tais lutas são legítimas e coerentes com o espírito do Evangelho. Mas eu creio que o problema na igreja é muito mais sutil e muito mais profundo, age como um câncer silencioso e assintomático que corrói a igreja por dentro. E nisto muitos estão em silêncio ou simplesmente estão de acordo.

Reafirmo que a família cristã é o modelo para a igreja que, por sua vez, é o correto modelo para a sociedade. Nós é que deveríamos estar na vanguarda sem abrir mão dos valores divinos. Mas o que percebemos é que as igrejas estão no final da fila tentando se adaptar ao mundo, ao mesmo tempo em que correm lamentavelmente atrás do prejuízo.

Que Deus nos fortaleça em nossas convicções e que a sua misericórdia continue pairando sobre nós.

Sola Scriptura.

12 de maio de 2011

Hoje lembrei muito do meu pai...

(Meu pai já na glória e meu filho Judah ainda a caminho)











Última Lágrima

“... E lhe enxugará do rosto toda lágrima

Aquela lágrima última que escorria
No seu rosto, qual prenúncio de Adeus
Sem palavras, sem olhar, mas eu sabia
Era a hora bendita de meu Deus!

O vimos partindo para casa
Que momento feliz – sim, sem igual
Quando o mundo nesse instante desespera
A saudade para nós é natural...

Uma tristeza temperada com esperança
Aprendemos desde o tempo de criança
Que morrer era lucro – no Senhor!

E aquela última lágrima que escorria
Sem palavras, sem olhar, mas eu sabia
Era o momento derradeiro de sua dor.

9 de maio de 2011

A Igreja Contra-Ataca

darth-vaderNOVO Estamos em guerra! A família está sob o maior ataque da história, especialmente no Brasil. Leis heterodoxas foram ou serão aprovadas por meio de táticas que lembram as estratégias militares.

Contra a família estão unidos todos os poderes conhecidos, incluindo os tradicionais Poderes da República que estão nessa frente de batalha de uma forma contundente. Todos de mãos dadas aprovando, sancionando e criando leis que degeneram a estrutura familiar. Outros poderes também se engajam nessa luta que, para nós, parece inglória, apenas parece.

Também a mídia (conhecida como o quarto Poder) assume clara liderança nessa campanha. Não apenas por tentar manipular tendenciosamente a opinião pública, mas também por filtrar e adaptar as informações como lhe convêm. São verdadeiros criadores de sofismas e bravatas veiculados nos noticiários, nas entrevistas, nas novelas etc.

Mancomunada a estes poderes impressionantes, encontra-se a igreja corrompida. Muitos defendem que não vale à pena lutar contra a tendência degeneradora dos nossos dias, ao contrário, deve-se apoiá-la como se isso fosse uma atitude mais inteligente.

Aqui é necessário que eu me posicione contrário a toda essa situação degradante. Discordo veementemente contra as armas usadas para destruir a família, sendo que uma delas foi disparada na semana passada, tendo sido aprovada pelo Supremo Tribunal Federal. Vejamos quais são as atitudes destrutivas:

1. União Estável entre pessoas do mesmo sexo.

Foi aprovado no STF, ainda que não possibilite o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o reconhecimento da união homossexual como tendo o mesmo status de casamento heterossexual.

A questão aqui não é o que as pessoas fazem das suas vidas, mas a abertura para que isso seja considerado normal, ainda que a mais elementar lógica nos mostre o contrário. Apenas como exemplo, jamais dois homens ou duas mulheres poderiam gerar filhos, mas essa lei humanista acaba por permitir aquilo que é naturalmente impossível pela lei divina.

2. PL 122 – Lei da Homofobia.

Nesse mesmo sentido virá a Lei da Homofobia. Talvez não seja encontrado em outro lugar nesse mundo espaço para tantas contradições. Em nome da liberdade, promovem a mordaça; em nome da tolerância - a intolerância; em nome do amor - o ódio.

Não há respeito sequer às cláusulas pétreas contidas na Constituição (que já foi chamada de Constituição Cidadã), pois a liberdade de expressão, de culto e de crença está para ser extinta. Entretanto, não nos calaremos. Ao contrário, leremos e pregaremos a Bíblia, chamaremos o pecado de pecado, ainda que isso nos custe a própria vida ou a intolerância da massa.

3. Proibição da Palmadinha.

Querem ensinar como educar nossos filhos. Se a Bíblia diz que devemos disciplinar com a vara, para não perdermos nossos filhos, eles proíbem, achando que estão fazendo um grande bem às crianças.

Não estamos dispostos a obedecer a essa regra, ainda que seja sancionada pelas maiores autoridades do país, pois afrontam a única fonte de autoridade do mundo, uma vez que todos estão debaixo do Senhorio de Cristo. Portanto, nossos filhos continuarão a receber a disciplina com vara, pois antes importa obedecer a Deus do que a homens.

4. Proibição da Educação no Lar.

A proibição da educação no lar é o maior absurdo jamais visto. Trata-se de uma arbitrariedade que também precisa ser desmascarada, pois eles querem ter o controle absoluto da mente dos nossos filhos.

Todas as filosofias e sutilezas humanistas são ensinadas aos nossos filhos nas escolas por cosmovisões contraditórias que tentam destruir a única Verdade sem contradições.

Mesmo que aqui haja apenas a ponta do iceberg, certamente haverá resistência. Não pensem que marcharemos nas avenidas ou nos prédios públicos empunhando bandeiras coloridas, ou aos gritos como se essa guerra pudesse ser perdida. Não, ela não pode ser derrotada. Lembremos que enquanto Os Príncipes conspiram contra o Senhor... O Senhor zomba deles... e no Seu tempo há de falar e confundi-los (Salmo 2:1-6).

Ressalto que o presente texto não foi escrito como se a batalha já estivesse perdida. Essa guerra será vencida pela Igreja verdadeira, afinal de contas, as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mateus 16).

Nunca fecharemos a Bíblia, nunca poderão calar a nossa boca. Ensinaremos os nossos filhos por meio da disciplina que utiliza a vara do amor. Pregaremos a Palavra que declara o homossexualismo como pecado e ensinaremos a todos que Deus estabeleceu a união entre um homem e uma mulher como o único e verdadeiro matrimônio.

O Niilismo decreta a morte de Deus; alguns deliram na hipótese dele estar certo (Richard Dowkins - Deus, Um Delírio), mas inculcando-se por sábios, se tornam loucos em seus próprios raciocínios... insensatos e a conseqüência disso é a desonra do corpo em libertinagem generalizada (Romanos 1:18-32).

Concluo afirmando que a presente resposta é baseada apenas no amor, no verdadeiro amor. Nossa base está no mesmo Salmo onde é dito que o Senhor zomba dos inimigos por causa da conspiração e, ao mesmo tempo, é proclamada a Palavra para aqueles que atacam as bases da nossa fé. Não há desespero por parte do salmista que se levanta no meio dos inimigos e diz: Sejam prudentes Reis, (Presidentes) e se deixem advertir, juízes da terra. Temei ao Senhor. Sintam tremor diante dele... pois haverá um dia em que a sua ira se manifestará (Salmo 2:10-12). Nesse dia, cada um responderá pelos seus atos contrários àquilo que está estabelecido por Deus na Criação.

Nosso papel, como Igreja do Senhor, é manter firme e ousadamente essa declaração, sabendo que em tudo seremos atribulados, mas jamais angustiados; em tudo seremos perplexos, mas nunca desanimados; em tudo seremos perseguidos, mas em nenhuma hipótese desamparados; poderemos até ser por algum tempo abatidos; mas nunca seremos destruídos (II Cor. 4:8,9).

Pelo Reino,

Samuel Vitalino

5 de maio de 2011

A Razão da Nossa Esperança


O Cristianismo tem sido alvo de muitos ataques caracterizando tempos difíceis como raramente se viu desde os seus primórdios. No início, a igreja sofreu com as perseguições advindas do judaísmo e do Império Romano, o qual acusava os cristãos de praticarem o ateísmo (por não crerem no panteão greco-romano) e costumes estranhos como “comerem a carne de um tal Cresto” (sic), canibalismo bárbaro. Aquele tempo era difícil, pois a perseguição de ordem física, envolvendo assassinato de cristãos, nunca será algo agradável. Mas ainda assim, a igreja crescia. Aliás, quanto mais tentavam aniquilar a igreja pela violência, mais ela prevalecia.

Hoje a perseguição é diferente; é ideológica, mesmo porque a sociedade já percebeu que as idéias movem o mundo. O que é mais razoável? Sair por aí matando crentes ou espalhar boatos e discursos colocando em dúvida a veracidade de sua fé? É precisamente isso que fazem ao lançar livros de crítica ao cristianismo, como o livro “Deus: um Delírio”, de Richard Dawkins. E o que dizer das matérias antibíblicas das revistas “Galileu” ou “Super-Interessante”, que freqüentemente lançam matérias de capa questionando a historicidade dos relatos sobre Moisés, Abraão, Jesus e os apóstolos? Tudo nos leva a crer que existe uma conspiração por trás destas publicações na tentativa de tornar duvidosa a mensagem do evangelho. O problema é que uma perseguição de ordem física sempre fortalece e depura a igreja. Uma perseguição de ordem ideológica, no entanto, produz efeitos devastadores no cristianismo, por sua sutileza e capacidade de infundir a ilusão.

Fato que demonstra a dificuldade do cristianismo hodierno é a crescente secularização na igreja. A Escócia, cujo avanço do presbiterianismo no século 16 fora resposta de oração do grande reformador John Knox, que disse ao Senhor: “Dá-me a Escócia ou eu morro”, possui hoje mais de quatrocentas igrejas sem pastor. Pastores amigos meus procuraram recentemente o sepulcro do reformador escocês. Foram conduzidos ao estacionamento de um supermercado. Ao perguntarem ao vigia sobre a localização exata do sepulcro, este disse: “estamos tentando esquecer esse homem (John Knox), e vocês vêm atrás dele?”. Depois indicou o local: uma simples plaquinha no chão do estacionamento. Os crentes, por falta de seus guias, têm deixado de freqüentar a igreja. Muitos templos têm sido vendidos para estúdios de gravação, danceterias, restaurantes, etc. Uma cena triste foi testemunhada por um amigo meu naquele país. No que antes era um templo presbiteriano para mais de 1.200 pessoas, hoje funciona um balcão de informações da prefeitura de Edimburgo. No mesmo local, uma lanchonete, algumas lojas e, no subsolo, pasmem, um templo satânico. Onde antes somente a Palavra era pregada, agora até mesmo o satanismo prevalece.

Os sociólogos e estudiosos das estatísticas norte-americanas já previram o fim da PCUSA (Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos da América) em 2025 por falta de membros, devido à intensa e crescente evasão de membros. O que podemos fazer numa situação assim? Primeiro, precisamos entender que essa secularização também nos ameaça. Devemos dar testemunho mediante uma vida de obediência voltada para a glória de Deus. É necessário que cada um de nós entenda seu papel no meio de uma sociedade que carece de Deus. Devemos vindicar nossa fé, desafiar a incredulidade e persuadir os descrentes por meio da evangelização. Precisamos viver com alegria, pois temos a esperança da redenção. Nossa fé não se baseia numa ideologia destrutível. Nossa esperança não se restringe apenas a esta vida; somos de fato felizes, pois aguardamos a redenção final, a ressurreição no dia da volta de Cristo. Estamos firmados no Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Poderá ser que alguém nos pergunte um dia: “Por que você vive contente a despeito dos problemas”? É nessa hora que temos que estar prontos para expor a razão da esperança que há em nós. A razão da nossa esperança é o amor de Deus que foi demonstrado pelo fato de Cristo ter morrido por nós na cruz levando sobre si o castigo do nosso pecado. Com a sua morte na cruz, Cristo nos garante o perdão de Deus e a vitória sobre a conseqüência do pecado: a morte. Então a razão da nossa esperança é a promessa de uma herança celestial reservada para nós, a respeito da qual “nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano”.

Em defesa da nossa convicção acerca da veracidade da Bíblia, basta empunharmos o escudo da fé para apagarmos os dardos inflamados do diabo. Além disso tudo, precisamos nos familiarizar ainda mais com a espada do Espírito que é a Palavra de Deus, pois ela é a verdade. Nela poderemos encontrar todos os argumentos necessários para embasamento de nossa fé. Ao mesmo tempo, poderemos oferecer auxílio aos que se encontram perdidos, sem esperança, sem alento, presos aos laços do pecado.

Enfim, que venham as perseguições, sejam físicas ou ideológicas. Firmados em Cristo, embasados na Palavra de Deus, seremos sempre vitoriosos, pois, “em todas essas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Rm 8.37). Que o Senhor nos fortaleça e nos use.

Pr. Charles

3 de maio de 2011

Achei o livro da Lei!

bible-reading O capítulo 22 do segundo livro dos Reis começa a relatar a história e o governo de Josias. Ele era filho de Amon que reinou apenas 2 anos e, a despeito do pouco tempo, a Escritura afirma que ele “fez o que era mau perante o Senhor, como fizera Manassés, seu pai” (21.20).

Esse Manassés, avô de Josias, era filho de outro grande rei, Ezequias, porém, ao contrário de seu pai que era temente ao Senhor, Manassés tornou a edificar os altares que Ezequias havia derribado, fez um poste-ídolo, edificou altares a falsos deuses dentro dos átrios da Casa do Senhor, era adivinho, agoureiro, tratava com médiuns e feiticeiros e chegou até a queimar seu filho como sacrifício. O texto diz que ele “prosseguiu a fazer o que era mau perante o Senhor para o provocar à ira” (2Rs 21.6).

O seu reinado durou 55 anos e Manassés fez o povo errar de tal forma “que fizeram pior do que as nações que o Senhor tinha destruído de diante dos filhos de Israel” (2Rs 21.9).

No versículo anterior o escritor menciona uma promessa do Senhor a Israel em que havia afirmado: “Não farei que os pés de Israel andem errantes da terra que dei a seus pais” – com uma ordenança – “contanto que tenham cuidado de fazer segundo tudo o que lhes tenho mandado e conforme toda a lei que Moisés, meu servo, lhes ordenou (2Rs 21.8). Depois disso, a constatação: “eles, porém, não ouviram” (2Rs 21.9). Eis aí a razão de o povo ter seguindo os maus atos de seu rei.

Com um histórico familiar como este e após 57 anos de idolatria, não era de se esperar nada diferente vindo de Josias. Entretanto, Josias foi o rei que começou um movimento de reforma. Ele assumiu o reino com 8 anos e reinou 31 anos. O texto nos informa que “fez ele o que era reto perante o Senhor” (22.2).

No décimo oitavo ano de seu reinado Josias estava fazendo reparos no templo. Ele mandou o escrivão Safã até a Casa do Senhor para se encontrar com o sumo sacerdote Hilquias e lhe dar um recado: o dinheiro que era levado à Casa do Senhor deveria ser entregue aos que estavam fazendo a obra para que comprassem materiais para o reparo dos estragos do templo (2Rs 22.3-7).

É neste ponto da história que acontece o momento mais importante da narrativa. O sumo sacerdote Hilquias diz à Safã: “Achei o Livro da Lei na Casa do Senhor” (22.8). Apesar de o rei já estar reparando estragos no templo, é depois do contato com a Lei do Senhor que a reforma espiritual se inicia.

A Lei é lida para Josias, que rasga suas vestes (22.10-11), pede que se consulte ao Senhor por ele e pelo povo (22.12), se humilha diante de Deus (22.19), faz aliança ante o Senhor tendo a anuência de todo o povo (23.3), purifica o templo e o culto (23.4-14), além de derribar os altares pagãos e celebrar a Páscoa (23.15-23).

As palavras de 2Reis 23.25 a respeito de Josias são maravilhosas: “Antes dele, não houve rei que lhe fosse semelhante, que se convertesse ao Senhor de todo o seu coração, e de toda a sua alma, e de todas as suas forças, segundo toda a lei de Moisés; e, depois dele, nunca se levantou outro igual”.

Como vimos então, é a relação do homem com a Lei do Senhor que determina seu caminho. Quando longe da Palavra de Deus, fatalmente estaremos longe do Senhor, mas quanto mais dermos ouvidos às Escrituras, com o auxílio do Espírito do Senhor, colocando-as em prática em nossas vidas, mais santidade e comunhão com o Senhor teremos, mais honra e glória àquele que é digno.

Vale então recordar as palavras de Tiago:

Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural; pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência. Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar” (1.22-25).

Se Deus já nos fez encontrar o Livro da Lei, que revela a pessoa bendita de nosso Salvador Cristo Jesus, nos apeguemos a ele lembrando que a Escritura será sempre nossa regra de fé e prática.

Milton Jr.