Subscribe Twitter Twitter

7 de julho de 2012

Pensando alto sobre o UFC e afins...

UFC_BLOOD MMA VIOLENCE

Tivesse a frase “Vou acabar com a cara dele e com cada um dos dentes da boca” saído dos lábios de uma pessoa “qualquer”, logo seria taxada de violenta, mas na boca de Anderson Silva ela ganhou o status de “promoção do esporte”.

O lutador brasileiro, sempre “polido” em suas declarações, surpreendeu a todos nos dias que antecederam a luta de hoje à noite sua última luta ao fazer declarações bastante duras, chegando a afirmar que seu adversário “vai precisar de um cirurgião plástico”.

Antes que você conclua: “Lá vem mais um texto de alguém que não gosta de esportes”, preciso informar que isso não é verdade. Sempre gostei de esportes (apesar do “biotipo” atual... rs) e sempre gostei de artes marciais. Pratiquei por um bom tempo a capoeira (alguns não sabem que é a única arte marcial genuinamente brasileira) e por pouco tempo o taekwondo. Antes de minha conversão e até há bem pouco tempo eu era um admirador de UFC, MMA, Vale-tudo e afins, mas ultimamente, na tentativa de levar todo o meu pensamento cativo ao pensamento de Cristo, muitas coisas têm me incomodado, incluindo a empolgação de cristãos com tudo isso.

Começando pelas declarações cheias de ira, citadas no início, já temos um sério problema. No Sermão do Monte o Senhor Jesus ensinou a interpretar de forma correta a lei. Os fariseus, preocupados somente com a guarda externa dos mandamentos, entendiam, quanto ao homicídio, que o problema residia no fato de eles tirarem a vida de alguém. Fosse outro a matar, não haveria problema. Lembre-se de que, ao entregar Jesus ao julgamento de Pilatos, os fariseus ouviram do governante: “Tomai-o vós outros e julgai-o segundo a vossa lei” – ao que responderam hipocritamente – “A nós não nos é lícito matar ninguém” (Jo 18.31).

O Senhor corrige essa interpretação hipócrita da Lei afirmando: “Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo” (Mt 5.22).

Já ouço alguém dizer: “Pastor, mas você é muito inocente mesmo... não vê que essas declarações são somente para promover a luta?” E eu já respondo: Isso não torna menos problemática a declaração, visto que a mentira, conforme o Senhor Jesus, procede do diabo (Jo 8.44).

Não consigo crer que o prazer pecaminoso de ver alguém ser surrado até sangrar, desmaiar e/ou até mesmo morrer se adeque à orientação paulina de que “tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso que ocupe o vosso pensamento” (Fp 4.8).

Para os cristãos presbiterianos, que é o meu caso, há ainda outra questão a ponderar. Somos uma igreja confessional, isto é, temos a Escritura como regra de fé e prática e adotamos como sistema expositivo de doutrina e prática a Confissão de Fé, o Catecismo Maior e o Breve Catecismo de Westminster[1]. Isso quer dizer que acatamos essa interpretação das Escrituras como fiel.

Na resposta à pergunta 136 do Catecismo Maior – “Quais são os pecados proibidos no sexto mandamento?” – temos:

“Os pecados proibidos no sexto mandamento são: o tirar a nossa vida ou a de outrem, exceto no caso de justiça pública, guerra legítima, ou defesa necessária; a negligência ou retirada dos meios lícitos ou necessários para a preservação da vida; a ira pecaminosa, o ódio, a inveja, o desejo de vingança; todas as paixões excessivas e cuidados demasiados; o uso imoderado de comida, bebida, trabalho e recreios; as palavras provocadoras; a opressão, a contenda, os espancamentos, os ferimentos e tudo o que tende à destruição da vida de alguém” (grifos meus).

Creio que não é preciso explicar que toda a violência desses “esportes” vai contra o que professamos como fé.

Em dias que até pastores têm tentado justificar o UFC e afins citando a “briga” entre Davi e Golias, é necessário dar ouvidos ao salmista que diz: “O Senhor põe à prova ao justo e ao ímpio; mas, ao que ama a violência, a sua alma o abomina” (Sl 11.5).

Milton Jr.


[1] O catecismo de Heildelberg, padrão de Fé de outras igrejas reformadas, também trata do sexto mandamento. Nele temos:

P.105. O que exige Deus no sexto mandamento?

R. Que eu não devo desonrar, odiar, injuriar nem matar o meu próximo por pensamentos, palavras, ou gestos e muito menos por ações, por mim mesmo ou através de outros; antes, devo fazer morrer todo desejo de vingança. Além disso, não devo me fazer mal nem me expor levianamente ao perigo. Por isso também o governo empunha a espada para impedir homicídios.

P.106. Mas, esse mandamento fala somente de matar?

R. Ao nos proibir de matar Deus nos ensina que detesta a raiz do homicídio, a saber: a inveja, o ódio, a ira e o desejo de vingança e que Ele considera tudo isso como homicídio.

P.107. Então, basta que não matemos o nosso próximo dessa maneira?

R. Não. Deus ao condenar a inveja, o ódio, a ira e o desejo de vingança nos ordena a amar os nossos inimigos como a nós mesmos, a demonstrar paciência, paz, mansidão, misericórdia e amizade para com ele, a protegê-lo do mal o tanto que pudermos e a fazer o bem até mesmo aos nossos inimigos.

73 comentários:

Daniel Gomes Silveira disse...

Finalmente alguém se pronunciou. Muito bom!

Realmente a algo muito pecaminoso em nós em ser atraído para contemplar esse tipo de espetáculo. Contudo, precisamos pensar com a mente de Cristo. Por pouco eu também fui atraído a isso. Obrigado, pastor, por trazer o meu pensamento cativo ao pensamento de Cristo.

Rosely Ribeiro disse...

Muito bom texto,a onda vem crescendo a tal ponto,que nos esquecemos na época dos gladiadores,não era assim um grande espetáculo?Temos que combater mesmo toda prática que incite a violência,a viver na prática,o que professamos na fé.

Thiago Souza disse...

Pastor, não ficou claro ainda se essa pecaminosidade inerente ao UFC (ao espetáculo, vamos assim dizer) se estende à prática de artes marciais. Você sabe que tais artes se fundamentam em valores como honra, disciplina, respeito ao seu adversário, etc (tudo o que não vemos no UFC). Queria saber o que pensas disso.
PS: Quando o catecismo de Heidelberg diz "não me expor levianamente ao perigo", isso significa que até, sei lá, andar de skate ou jogar futebol é perigoso, vc pode se machucar etc... o termo "levianamente" precisaria ser bem explicado, pois a minha interpretação é propositadamente radical, mas perfeitamente possível. Ou indo ainda mais longe, quer dizer que ser sedentário é a maneira mais segura de não quebrar o sexto mandamento?

Ashbel Simonton Vasconcelos disse...

Parabéns pela forma bíblica e clara com que tratou deste assunto.

Roni Cavalcante disse...

Onde eu clico em "não curti" ? A nossa sociedade está ficando cada vez mais politicamente correta, mas apenas na aparencia. A falsa moral, incluindo as regras conservadoras da igreja que as vezes fecha os olhos pra realidade e depois vem discutir que UFC não é bom mas artes marciais sim... P.S. Nem gosto de UFC, mas odeio falsa moral.

Filipe Machado disse...

Hoje mesmo eu iria escreve uma carta fictícia sobre o tema, mas já que você abordou aqui, vou apenas publicar sua postagem.

Cristo seja contigo.

Filipe Luiz C. Machado
www.2timoteo316.blogspot.com

Tiago Lira Vieira disse...

Não vejo problema com o UFC, já estamos falando de Ira, Ódio, entre outros. O caso do Anderson Silva é emblemático por se tratar de um lutador, mas no futebol também assistimos a agressões e atitudes violentas, no escritório também vejo violência e ódio entre as pessoas. E pasmem até nas Igrejas há IRA E ÓDIO. O problema para mim é ÉTICO. DE VALORES. Não tem nada haver com esporte, seja luta, ou qualquer outro tipo de modalidade que exista. O que via além disso é manipulação.

lu disse...

Não assitamos a UFC pelos motivos apresentados pelo Pastor, mas continuemos a "pagar" por pregações de Pastores visitantes, que deveriam abominar tal prática, pois já que é prá levar ao pé da letra, na palavra não diz:O que de graça recebeis de graça dais?

Jônatas Abdias de Macedo disse...

Milton, como adiantei em terras capixabas, me sinto aguilhoado pelos mandamentos divinos a me abster desta minha paixão carnal, que faz guerra contra minha alma. Sei também que alguns comentários desta postagem, como se é de esperar, manifestem desgosto ante ao que vem sendo aceito como desejável socialmente, alguns até com ar de santidade, acusando levianamente a autoria do post de manipuladora, ou falsa moralista. Tais reações só me fazem ver a mim mesmo, e como é sobremaneira difícil tanto falar a verdade numa era de antiverdade, e de abster-se daquilo que tanto gostamos... É sempre mais fácil obedecer quando é facil pra nós...

Milton Jr. disse...

Daniel,
Como afirmei no post, até pouco tempo eu também era um apreciador desse tipo de esporte, mas expondo os 10 mandamentos aqui na igreja comecei a ficar incomodado com meu prazer pecaminoso de ver alguém criado à imagem de Deus sendo surrado.
Como seguir à Cristo é negar a si mesmo, resolvi abrir mão da minha vontade.
Fico feliz pelo texto ter edificado sua vida.

Milton Jr. disse...

Rosely,
Viver o que professamos é sempre um desafio. Devemos estar vigilantes em todo o tempo.
Obrigado pela visita.

Marco Aurélio disse...

Caro moderador,
Meu comentário anterior consiste de trechos bíblicos irrefutáveis, de fácil acesso pelos leitores é claro. Peço que aceite-o para visualização no blog pelos demais leitores. Pois somente dessa forma podemos ter um debate considerável. Haja vista que debates saudáveis são a melhor forma aprofundarmos nossos conhecimentos.

abraço

Milton Jr. disse...

Thiago Souza,
Não consigo colocar as artes marciais no mesmo pacote do UFC e afins. Apesar de o UFC ser um encontro de lutadores de diversas e várias artes marciais, o caráter é extremamente diferente.

Porém, sempre que houver dano ao bem estar do próximo, creio que estaremos incorrendo em pecado.

Quanto ao se expor ao perigo, você acha, de fato, que se refere simplesmente ao se machucar "sem querer"? Fosse assim, teríamos que evitar até atravessar a rua, pois um carro pode nos atropelar... a grande diferença é que em outros esportes o "machucar" é uma exceção, enquanto no UFC é a regra.

Diante disso, creio que não preciso nem falar sobre o sedentarismo, certo? Leia novamente as respostas dos catecismos e verá que não tem nada a ver com isso.

grande abraço.

Milton Jr. disse...

Simonton,
Obrigado pela visita e pelo incentivo.
grande abraço meu camarada.

Milton Jr. disse...

Roni,

O texto não tem nada a ver com politicamente correto, mas com as diretrizes da Palava de Deus que, como cristão, creio ser regra de fé e prática.

Não sei a que se refere quando fala que a igreja fecha os olhos para a realidade, por isso não posso nem comentar.

Contudo, posso dizer que a denominação que servimos (eu e meus amigos de blog) como pastores não tem fechado os olhos para a realidade não.

Se for mais específico, quem sabe possamos prosseguir com o assunto?

Milton Jr. disse...

Filipe,
Para mim será uma alegria.
grande abraço.

Milton Jr. disse...

Tiago Lira,

Releia o texto e verá que a questão do ódio é "um" dos problemas. O ponto central é aplicação e abrangência do sexto mandamento.

Uma pergunta: de onde você retira a ética e os valores? Se são da Palavra de Deus, então a aplicação do sexto mandamento deve ser considerada nesse caso.

Se não é da Palavra de Deus. Então nunca chegaremos num ponto de convergência.

Milton Jr. disse...

Lu,
Não sei que tipo de pastores você conhece, mas começando pelos que escrevem aqui no blog e estendendo a vários outros pastores sérios, não conheço quem cobre para pregar. Estou falando de pastores sérios!

Mas uma dúvida ficou. O que tem a ver uma coisa com outra?

Milton Jr. disse...

Jônatas, meu amigo,
Sua luta é a mesma que a minha. Se eu disser que não gosto serei hipócrita, então, concordo com você: deixar o que gostamos é sempre complicado.

Porém, é o que se espera de cristãos, não é isso? Continuemos,portanto, na luta contra nossas paixões carnais.

grande abraço.

Milton Jr. disse...

Marco Aurélio,
Ainda não publiquei seu comentário e estou pensando se vale a pena publicá-lo.

Não porque eu ache que a sua presunção de irrefutabilidade esteja certa, mas pela minha suposição (que pode não estar correta) de que você nunca leu toda a Bíblia.

Estou certo nisso?

Creio que alguém que já leu a Bíblia, ainda que não concorde, trataria os textos dentro dos seus contextos.

Pode me responder essa pergunta? Você já leu toda a Bíblia, de Gênesis a Apocalipse, pelo menos 1 vez?

grande abraço.

Ricardo Moura Lopes Coelho disse...

Como praticante de artes marciais concordo em parte com o texto. De fato, essa luta do Anderson com o Soonem está profundamente envolvida com o ódio, tanto que nem fiquei acordado para assistir. Já em outros casos, os lutadores não estão ali odiando, desejando morte, ou mesmo o mal de seu oponente. Querem superá-los na técnica e força. Aliás, boa parte das lutas que vemos são realizadas entre amigos, que não só treinam juntos, mas frequentam a casa um do outro. Por isso, não consigo enxergar toda esse ira. Sei que ao ver um cara sangrar vc pode pensar: "como não?", mas como alguém que está continuamente no tatame, perdendo e ganhando (inclusive costumo vencer os lutadores que estão em níveis superiores ao meu), posso dizer que boa parte dos lutadores se concentram em perceber qual foi seu erro e como reverter o quadro. Não encaro dois lutadores que se dispuseram estar ali para um espancamento. É uma disputa de técnica e força, que gera seus ferimentos, mas em pessoas que se dispuseram a isso. Não há injustiça, massacre, mas regras, juiz e limites muitos claros, para preservara vida. Inclusive, diversos golpes e regiões do corpo são proibidos, pois são mortais. Concordo com os textos bíblicos e com nossos símbolos de fé, só não concordo que os mesmo se aplicam em casos de lutas profissionais tão cheias de regras e aparatos de proteção e preservação. Com certeza, se aplicam em lutas de rua. Além disso, como um espectador, assisto pela técnica e pela estratégia, não pelo sangue. Assim como assisto a coisas que em parte não gosto e em parte gosto. E o camarada que usou o argumento de Davi e Golias é um fanfarrão.

Milton Jr. disse...

Ricardo, grande camarada!
Você sabe que gosto de lutas!
Agora, se estamos concordando com a interpretação e aplicação que os Símbolos de Fé fazem, para mim fica muito difícil não incluir o UFC em um problema.

Se o uso imoderado de comida (problema com o qual luto constantemente) é quebra do sexto mandamento, quando mais um "esporte" onde rostos inchados e sangramentos não são simplesmente exceção.

Abraços discordantes.. rs.

Daniel S. Lima TD/Animator disse...

Assim como em qualquer outro esporte envolve sentimentos no ufc alguns comentários pra se vender a luta acabam sendo levados pessoalmente e por isso não poderia julgar alguém que parcialmente se deixou levar pelos comentários do oponente. Sonnen fez comentários, digamos além do que era ético profissional pra se vender a luta falando da família de Anderson... Em qualquer esporte há uma mistura de sentimentos e no ufc ninguem vai ringue se arriscar pra apanhar de graça, é um trabalho profissional como qualquer um outro. Falando de esporte "violento", porque não falar de boxe(Esporte olímpico), o que tem bem menos sangue mas devido as constantes fortes pancadas na cabeça muitos ja morreram no ringue enquanto no UFC até hoje não houve nenhuma fatalidade.

Anônimo disse...

Também não devemos julgar... porque não sabemos o q se passa na mente e no coração de cada um. existem sim alguns lutadores que estão la apenas para "brigar". Porém como já foi citado anteriormente as artes marciais são baseadas na disciplina no bom caráter, e na justiça, e há muitos lutadores que são amigos. Então tem muitos lutadores q estão la pelo esporte. Assim como na igreja ha aqueles que são verdadeiros adoradores, existem os que não são, estão para outros fins. Então só quem sabe se há ira mesmo no coração dos outros é o nosso Deus, não devemos tirar as nossas propiás conclusões, isso é julgar.
Eu, pelo menos, não assisto com o objetivo de ver violência.
O caso do lutador Anderson Silva foi uma excessão, o outro lutador o provocou usando sua família, creio q todos somos falhos, a família é o nosso bem mais precioso. Muitos de nós q dizem q ele deveria mesmo assim ter "levado na esportiva" fariam muito pior se estivessem no lugar dele. Então alguém vai dizer: "mas se não tem ódio porque o outro lutador o provocou?". Então eu digo mais uma vez: assim como na igreja ha pessoas q não tem o objetivo certo, em todos os lugares também tem, e ha também pecadores q assim como todos nós se iram d vez em quando. ou vão me dizer que todos os que comentarão são santos?
Achei muito errado citar o fato do Anderson Silva. Principalmente sem contar toda a historia.... o senhor pastor gostaria q alguém falasse mau da sua esposa e filhos, e se referisse a eles com termos extremamente ofensivos? Não digo que o senhor faria o mesmo... mas creio q feliz o senhor não ia ficar. Por tanto, se tantos assim não gostam, não assistam, se acham q os lutadores tem ódio no coração, orem por eles, não vai adiantar nada ficar falando q é ruim... porque os muitos do mundo nem vão nem se dar ao trabalho de ler isso... Já fizeram o seu papel "alertando"... agora discutir sobre esse assunto já esta indo mais do que o necessário e não esta levando a lugar algum, apenas a um debate q nunca termina... pois há pontos de vista muitos opostos presentes. O resto cada uma vai se acertar com Deus se estiver errado, e creio q ele fala aos nossos corações, e que somos capazes de ouvi-lo.

Milton Jr. disse...

Caro Daniel,
Veja sua frase: "ninguém vai ringue se arriscar"...

É isso mesmo, você está certo, é se arriscar. Pode até não ter havido ainda morte no UFC, mas no MMA até 2010 já tinham ocorrido 2, só nos EUA.

Quanto ao boxe, não é o fato de ser "esporte olímpico" que o torna menos violento. Como já disse que concordo com a interpretação do catecismo, em minha opinião constitui-se também pecado contra o sexto mandamento.

grande abraço,

Milton Jr. disse...

Caro "Anônimo" (não gosto de responder anônimos, mas vai aqui uma exceção).

Deus fala aos corações por meio da Palavra e nela, temos princípios bastante objetivos para "julgar".

1º - Nem todo julgamento é pecado. Você mesmo fez um juízo sobre tudo isso, certo? Veja suas palavras: "Achei muito errado citar o fato do Anderson Silva".. isso é julgar.

2º - Temos direito de julgar todas as coisas, mas sempre pela perspectiva da Palavra de Deus. Paulo, ao escrever aos Coríntios, pediu que fossem criteriosos e julgassem o que ele estava ensinando (1Co 10.15). Conforme o que ocorria em Atos, podemos entender que o julgamento é sempre pela Palavra (conf. At 17.11).

3º - Se o critério para o julgamento é a Palavra, ela ensina que "A boca fala do que está cheio o coração" (Mt 12.34) e do coração é que procedem os pecados.

4º - A fala de Anderson Silva revela sim o seu coração. Como as nossas revelam o nosso coração.

5º - Se alguém ofendesse a minha família e eu pecasse por causa disso (o que pode ocorrer, de fato) eu estaria demonstrando que ela é para mim mais importante que o Senhor, visto que por causa da família estaria desobedecendo mandamentos claros que ele nos ordena de não pagar o mal com o mal (Rm 12.17), de dar a outra face, andar a segunda milha e entregar a túnica (Mt 5.38-42), de não me vingar, mas dar lugar ao Vingador (Rm 12.19) e muitos outros.

Se você disser que isso tudo é muito difícil, concordo inteiramente com você, mas esse é o chamado cristão, de se tornar cada dia mais semelhantes ao nosso irmão mais velho, Cristo Jesus.

Grande abraço.

Paulo Castor disse...

1) Os lutadores se “ofendem” antes da luta porque o UFC é acima de tudo um show, um espetáculo. Eles estão literalmente promovendo a luta.

1.1 Mas isso não seria mentira (visto que a mentira...)? Dá mesma forma que eu não saí do filme Up da Pixar pensando que era mentira o velhinho transformar a casa dele num zeppelin usando balões, eu não penso que a narrativa que os atletas escolhem é mentira.
No fim é tudo Business os caras escolhem aquela narrativa e você escolhe a foto de um lutador ensanguentado para defender seu argumento. Alguém mais cínico poderia até sugerir que essa foto do lutador ensanguentado é apelativa e manipuladora.

2) Acho que você esta caminhando para o lado errado acreditando que o objetivo do MMA é surrar o outro lutador. O objetivo é superar o adversário como em qualquer arte marcial ou esporte.
2.1 Mas não ganha sempre que é mais mauzão? De forma nenhuma Sugar Ray Leonard já falou varias vezes sobre isso no boxe, mas o que ele fala serve muito bem pro MMA ou ate para vida.
De acordo Sugar Ray todo mundo é campeão ate levar o primeiro murro, quando um boxer qualquer recebe um murro bem dado ele age por instinto tentado desesperadamente devolver o golpe e em geral ficando bem vulnerável, um campeão começa a trabalhar um clinch imobilizando o adversário, recua ou ataca quando preciso ate se conseguir reestabelecer.
Pensando assim as formas de luta organizadas não celebram o ódio e a raiva mas o controle sobre esses sentimentos.
Lutador inteligente e controlado = campeão
Lutador descontrolado e raivoso = perdedor.

2.2 Royce Gracie venceu o UFC 1, 2 e 4 quase sem dar murros usando apenas o Gracie Jiu-Jitsu.

3) Ninguém morre lutando MMA? Existem 5 mortes registradas nos últimos 20 anos de MMA. 5 pessoas e isso é muito ou pouco? Você decide agora 12 jogadores de futebol faleceram via morte súbita nesse mesmo período e saindo um pouco do esporte, mais
pessoas morrem anualmente usando elevadores.

Ricardo Moura Lopes Coelho disse...

O que é discordante: seus braços no abraço ou nossos argumentos? rsrs

Milton Jr. disse...

Paulo, meu caro, bom "vê-lo" por aqui... Replicando:

1 - Ofensa (linguajar torpe e chulo) será sempre pecado, na vida real ou no "show business". Um palavrão na vida real é tão pecaminoso quando na boca de um personagem de filme...

1.1 - Se você acreditasse em uma história de desenho animado eu diria que o problema era sério (rs). Contudo, ainda que as "fanfarrices" não sejam verdadeiras, as sequelas deixadas em alguém que é imagem e semelhança de Deus continuam sendo reais e, seguindo a interpretação do CMW, que entendo ser correta, não tem para onde correr não.

Quanto ao cinismo, o fato de vc escrever o que somente alguém mais cínico poderia sugerir não torna a sua "fala" menos cínica.. rs (mas tranquilo, tbm luto contra o cinismo, que também não é uma atitude piedosa).

2. O problema é que em outros esportes não é necessário surrar para superar o adversário, no UFC a grande maioria faz isso.

2.1 - Estou sentindo falta de uma argumentação que leve em conta a Escritura.

2.2 - Royce Gracie era de fato bom e é fato que venceu sem dar murros, mas ele é uma exceção nesse meio, não? Fale de outro como ele...

3. É sério que você coloca em pé de igualdade a morte súbita com as mortes por espancamento no MMA?
Esse aqui nem vou comentar, porque deve estar brincando...

grande abraço.

Fernando Jordão disse...

Primeiro meu amigo rogo ao Senhor que lhe capacite para trazer assuntos como essa à luz das Escrituras, como fez nessa postagem usando o Símbolos de Westminster.

A um tempo atrás ficaria chocado com alguns comentarios que lí aqui, mas esse tipo de reação tem diminuído, nao sei se isso é bom ou ruim. Contudo não vi nos discondantes, que podem fazer isso com respeito, uma argumentação bíblica, somente a de gostos pessoais. Como as Escrituras é pra mim regra de fé e pratica, ainda que gostasse desse esporte, resolvi não assistir (como faria Edwards....rs) como outros que podem incorrer o mesmo erro.

Aos que militam contra a carne, pois gostam do esporte, que o Senhor lhes conceda força, para a glória Dele e obediência a Palavra.

Abraços querido irmão.

Paulo Castor disse...

Eu não acredito em desenhos animados e também não acredito nos discursos dos lutadores de telecatch e muito menos nas ladainhas que os cara falam antes das lutas de UFC.
Não ponha palavras na minha boca, meu ponto não era que é tudo bem usar linguagem chula mas que todos aqueles discursos que os caras falam não são “mentira” como você falou, são um teatrinho feito pra vender as lutas. Muhammad Ali uma vez meio que gritou que ia dar um murro tão forte em Foreman que a mãe de George ia ficar com dor de dente e apesar do grito eu não acho que ele estava falando sério.
“Quanto ao Cinismo” quando eu escrevi o comentário eu acreditava que você tinha escolhido a imagem para ilustrar o que ia ser falado no “artigo” e mesmo te conhecendo pouco eu não acreditava que a intenção era usar a imagem para manipular o leitor, o fazendo achar que aquilo acontece em TODA luta de mma.
Lendo novamente que escrevi, não estava tentando ser cínico mas sei o que ficou parecendo mas quando eu quero dizer alguma coisa em geral eu não uso meias palavras.
No meu comentário original eu não estou colocando em igualdade a morte súbita ou as quedas de elevadores. Você parece ignorar que fatalidades existem em qualquer lugar (para morrer basta estar vivo)então para ilustrar isso resolvi extrapolar levando a coisa para o extremo mais ridículo que eu encontrei.
Que argumento bíblico eu preciso mencionar pra falar que um esporte é um esporte?
Existem vários atletas que usam grappling como primeira arma que tal o Murilo Bustamante, Rickson Gracie ou a Ronda Rousey estou usando um iphone mas posso encontrar mais alguns exemplos.
De qualquer forma mma é um esporte que exige técnica, calma e inteligência. Existem regras e um juiz para impor essas regras e guardar os atletas de qualquer dano duradouro.
Arriscada é a vida.

Paulo Castor disse...

[O que é discordante: seus braços no abraço ou nossos argumentos? rsrs]

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Milton Jr. disse...

Paulo, meu caro,
Não estou colocando palavras em sua boca.

O meu ponto é que o discurso era de ódio e vc replicou afirmando que isso é tudo "show". Estiquei um pouco o argumento para demonstrar que ainda que seja encenação, continua o pecado, pois palavras chulas estão ali... (só muda então o pecado).

Obrigado por esclarecer a questão do cinismo. Do jeito que ficou o texto parecia mesmo. Se não é o caso, retiro o que disse.

Não ignoro fatalidades. Elas existem, mas ainda que nenhum lutador viesse a morrer, surrar o corpo de alguém que é imagem e semelhança de Deus daquela maneira, que deixa escoriações, sangue, etc, vai contra o que confessamos como fé.

Daí eu perguntar sobre um argumento bíblico plausível. Não para falar que esporte é esporte, mas para demonstrar que podemos tratar o UFC como esporte.

Abraços discordantes para vc tbm... e para não deixar dúvidas, discordantes dos argumentos e não dos braços... hahahah.

Milton Jr. disse...

Fernando,
Obrigado pela força!

grande abraço.

oloir disse...

Rev Milton,já estava na hora de escrever um artigo como este,parabens pela iniciativa.

Dani Lima disse...

O fato da reciproca de Anderson Silva ter sido no mesmo "nível" de seu adversário é perfeitamente esperada de uma pessoa do mundo que não conhece a Deus.Concordo que o esporte-show é violento más outros esportes contato tmb o são, más tais permanecem dentro do "politicamente correto evangélico."Resumindo qualquer esporte gera emoção Se fosse questionado o comportamento de outro lutador como Vitor Belfort que é cristão o julgamento podia ser outro, más não foi o caso e o rapaz tem se mostrado muito respeitoso mesmo que mantendo a profissão, portanto seu ganha pão desde de sua mocidade."Digno é o trabalhador de sua paga"
Acho que existe um equivoco entre os cristão quanto o que é mundano e o que é santo. TUDO È MUNDANO, comer, assistir tv e até um serviço na igreja pode se tornar mundano se for feito para parecer espiritual, O que muda é forma como o assunto é conduzido e a motivação do coração.
Os caras sangram dólares e se beneficiam fazendo o show girar não vejo violência neste caso, pois é consensual.E não é por ser consensual que não é pecado, sexo tmb pode ser e continua sendo pecado se não for praticado dentro do casamento.
Acho que o assunto pertence a liberdade cristã.
Abraço

Paulo Castor disse...

Woal kkkk

OK

Anônimo disse...

Gostei demais do post, os argumentos sem dúvidas biblicamente apresentados!!!

Nunca assisti, e sinceramente, não pretendo assistir o UFC...(alguém pode até dizer, "então não pode falar nada").

Bom, independente disso...

Me assusta o número de jovens (cristãos) que eu conheço, vibrando na espera por assistir a luta. Reúnem-se como forma de "diversão" e em "comunhão". (comunhão para assistir um "cara" quebrando a cara de outro "cara"????Acho no mínimo lamentável!)

Não aprecio esse tipo de luta. E sinceramente, lutadores sendo amigos ou não, no momento da luta, o que vale é a REAL MOTIVAÇÃO do CORAÇÃO. Ou seja, vencer a qualquer custo o MEU adversário.
Bom, admito, logicamente, não conhecer o coração dos lutadores, mas posso no mínimo imaginar, sendo uma pecadora, carente da graça, misericórdia e perdão de Deus. Como em uma LUTA como essa, não se levanta a ira ou como não pode haver ódio no coração de alguém???? De onde vem tanta força e habilidade para derrubar ou quase acabar com o outro???(Sem contar as expressões faciais.(Sendo honestos, não podemos afirmar que seja apenas treinamento físico..etc).

Se somos cristãos, temos que verdadeiramente, avaliar esse tipo de luta e/ou esporte. E se considerado um esporte, isso não quer dizer que seja correto praticá-lo. Aliás, penso que para qualquer esporte deve-se considerar aplicar e avaliar "as motivações reais do coração".

Que Deus nos ajude, sempre.

(Anônima 2)

Milton Jr. disse...

Dani Lima,
Alguém,como você disse, "do mundo", não agirá de fato como cristão. Meu foco são os cristãos que se deliciam e dão ibope a atitudes que deviam censurar.

Pode ter certeza de que minha avaliação não seria diferente, fosse um atleta evangélico. Continuaria entendendo que surrar e atentar contra aquele que é imagem e semelhança de Deus é pecado.

Quanto à sua questão sobre o que é mundano e tudo ser mundano, recomendo um excelente texto do Piper: Tomando suco de laranja para a glória de Deus (http://voltemosaoevangelho.com/blog/2010/07/devocional-john-piper-bebendo-suco-de-laranja-para-a-gloria-de-deus/).

Cito aqui apenar um trecho: "é pecado alguém comer, ou beber, ou fazer qualquer outra coisa, se não for para a glória de Deus. Em outras palavras, o pecado não é apenas uma lista de coisas prejudiciais (matar, roubar, etc.). Pecamos quando deixamos Deus fora de consideração nas realizações triviais de nossa vida. Pecado é qualquer coisa que fazemos, que não seja feito para a glória de Deus."

Mais uma questão ainda. Você afirmou certamente que sexo, dentro do casamento, não é pecado (concordo plenamente), mas diz que no caso da violência, por ser ela consensual e remunerada, passa a ser salário digno do trabalhor.

Posso concluir também que sexo, mesmo fora do casamento, não seja pecado desde que remunerado? (há quem diga que a prostituição é profissão, inclusive com o governo tentando regulamentá-la).

O seu ponto foi exatamente esse: Violência é pecado, mas consensual e remunerada é profissão.

Grande abraço.

Paulo Castor disse...

Eu realmente espero que você esteja brincando comparando luta com prostituição.
Sua argumentação esta começando a ficar beeeem fininha...

jucelino souza disse...

Necessário, oportuno, pertinente e deve ser compartilhado... thanks rev. Milton Jr um forte abraço nobre colega, rev. Jucelino Souza

Milton Jr. disse...

Paulo,
Só estou pensando na implicação do comentário que foi feito.
Estou comparando violência e prostituição. Penso que você deve concordar que ambos são pecados, não?

Paulo Castor disse...

Eu posso comparar a comidinha a mais que transforma nosso “biótipo” a prostituição usando os mesmos argumentos que você usou. (É uma violência contra seu corpo e violência é pecado...)
Como exercício retórico está tudo certo. Mas eu estaria certo? Claro que não.
A argumentação começou a ficar um tanto mesquinha (escassa de recursos, pobre).
Isso parou de me engrandecer e toda essa discussão está caminhando para o insano então eu paro por aqui.

Anônimo disse...

Milton,

Dizem que é um espetáculo, mas sinceramente, não vejo diferença entre a barbárie circense dos gladiadores do Império Romano e esse tipo de diversão, exceto pelo fato de que os gladiadores matavam e muitos eram mortos. Aliás, se deixar, um mata o outro no octógono. Por isso o juiz determina o fim da luta, para que o outro não sofra uma lesão letal.
Concordo com teu artigo!

Abraço!

Milton Jr. disse...

Paulo,
Quando eu concordo com você, você mesmo discorda de si, assim não dá.. rs.

É isso mesmo meu irmão. Se você ler de novo a interpretação que consideramos fiel, do 6º mandamento: verá que são pecados proibidos: "o uso imoderado de comida, bebida, trabalho e recreios"

A sua comparação estaria certíssima porque gula é pecado e prostituição é pecado e, veja, você estaria concordando com o catecismo de nossa igreja (a não ser que o considere também mero exercício retórico...)

Quanto à pobreza da argumentação... deixa pra lá, não vou responder tbm não...

grande abraço.

Milton Jr. disse...

Charles,
Tá mais para isso mesmo!
É a arena moderna!

grande abraço.

Dani Lima disse...

Milton...
Não vou refutar sua resposta quanto a comparação utilizada por mim, pois creio que no fundo o irmão entendeu só quis argumentar e acabou distorcendo um pouco minhas palavras! No mais achei muito interessante o irmão utilizar o Paper pois conheço o texto mencionado que foi publicado tmb no Monergismo, é possível haver divergência e pontos de vista diferentes em muitos assuntos, claro não todos. Piper não é a palavra final neste assunto nem em muitos outros embora o ache excelente e tmb acompanhe seu trabalho.
Vou dar um ex. O mesmo Piper NÃO aceita divorcio de forma nenhuma enquanto que outros igualmente qualificados MacArthur, Gordon Clark e aqui no Brasil Rev Augustos Nicodemos tem interpretações diferentes e igualmente bem fundamentadas. No caso do UFC Pastor Renato Vargens e outros pensam diferente do irmão e estamos todos em casa sendo igualmente reformados.
Sendo assim termino dizendo que entendi seu ponto de vista e interpretação achei seu texto excelente más tenho um entendimento divergente e continuo achando que este é um assunto para o campo da liberdade cristã.
Abraço

Milton Jr. disse...

Prezada Dani,
Eu mesmo não concordo com o posicionamento do Piper quanto ao divórcio (prefiro o entendimento da CFW), mas nesse ponto, creio que ele acertou em cheio.

No mais,
Saudações em Cristo,
caminhando juntos como irmãos!

Grande abraço.

Tom disse...

Rev. Milton,
gostei muito do post e da forma como foram apresentadas.
Discutiamos exatamente isso na última EBD.
Apesar de gostar muito do UFC também estou repensando este gosto.
parabéns pela iniciativa de levantar questionamentos de práticas da sociedade e da igreja a luz da Bíblia.

Jaeder Júnior disse...

Querido Pastor Milton, gostei muito do seu texto e gostaria muito de saber a sua opinião sobre o Vitor Belfort.

Em seu livro recentemente lançado, Vitor diz o seguinte:

"Meu filho foi a uma festinha na casa de um colega. Um garoto mais velho esbarrou nele e disse:
__ Foi mal. Não quero confusão porque o seu pai é lutador.
Davi parou a brincadeira:
__ O meu pai não é o que você está pensando. Ele é um homem decente, calmo, um lutador profissional. Se vocês esbarrarem nele, ele vai pedir desculpas.
Quem me contou isso, depois, foi o pai do dono da festa. Ele disse que o Davi tinha dado uma lição para todo mundo que escutou a conversa.
Da mesma forma, na primeira entrevista que dei na vida, a repórter indagou:
__ Se baterem no seu carro, o que você faz?
Respondi de modo a fazê-la raciocinar sobre o preconceito por detrás daquela pergunta:
__ Se alguém bater no carro do Luciano Pavarotti, ele precisa saltar e cantar ópera? Se alguém bater no carro do Zico, ele precisa jogar bola?
Ela deu um sorriso amarelo e pareceu que entendeu.
Quando eu me tornei cristão, algumas pessoas me condenaram por achar que a minha profissão não era compatível com a fé. Elas encaravam o MMA como uma briga. Não é verdade. Atualmente, o esporte tem regras claras, e o argumento contra a tão falada violência é o seguinte: faz parte.
Se alguém procurar a definição de ´violência´ no dicionário, vai encontrar: ´Emprego abusivo, ger. ilegítimo, da força ou da coação com o fim de se obter algo´ (Aulete). No MMA, os lutadores estão ali porque querem e obedecem regras. Então, não há violência.
Antes da luta, somos obrigados a fazer exames de sangue, especialmente HIV e hepatite. Após a luta, os atletas passam por uma bateria de raios X. Se houve muitos socos na face e na cabeça, o sujeito é suspenso e obrigado a ficar pelo menos duas semanas sem lutar. Se houve nocaute, a suspensão pode aumentar para até dois meses.
Podemos dizer que o MMA é um esporte agressivo. Assim como também são o hóquei, o futebol americano e o rúgbi. No entanto, desde a criação do UFC, nunca houve óbitos em lutas. Por incrível que pareça, o esporte com maior número de óbitos é o ciclismo. O atleta cai da bicicleta naquela pista inclinada a 100Km por hora e morre. Dirigir um carro a 300Km por hora, como na Fórmula 1, também é agressivo.
Participei de um debate na tevê e um advogado que se dizia cristão começou a me questionar. Estive firme na frente dele, mas depois confesso que fiquei balançado: ´Se não posso ser lutador e cristão, o que poderei ser?' Comecei a passar em vista as profissões. O médico, por exemplo, quando chega um doente precisando de um tratamento que o plano de saúde não aprovou, é obrigado a deixá-lo morrer?
Certa vez, perguntei a um médico-cirurgião que trabalhava em hospital público como agia quando chegava um criminoso ferido. Ele me contou duas coisas curiosas: primeiro, que quando chegavam um policial e um bandido baleados, em 90% dos casos o policial morria e o bandido sobrevivia. Segundo que, em se tratando do criminoso, ele realizava os procedimentos básicos e só. E, mesmo assim, o cara, na maioria das vezes, ficava bom.
O advogado, da mesma forma, quando surge um assassino estuprador é obrigado a defendê-lo, porque, perante a lei, todo réu tem direito a defesa. Em todas as profissões, há situações nas quais a pessoa tem de passar élo fio da navalha. Então, se um homem pode ser advogado e cristão, por que não posso ser lutador?

Grande Abraço!!!

Jaeder Jr.

Milton Jr. disse...

André, muito bom receber seu comentário!
Seu dilema é o meu. Também gosto! Porém, como afirmei no post, é preciso levar cativo todo pensamento à Cristo Jesus e estudando o 6º mandamento ficou difícil de "defender" meu gosto.

Como ser cristão é negar-se a si mesmo, tomei a decisão de não mais assistir esse tipo de "esporte".

Grande abraço.

Milton Jr. disse...

Graaande Jaeder Jr., tudo certo meu caro?

Não tenho uma opinião sobre Vitor Belfort, porque pouco conheço da sua vida, exceto do tempo que eu assistia lutas, mas sobre o que ele diz no livro, posso comentar:

1. É muito bom que ele não seja violento fora dos ringues;

2. Isso não quer dizer que seu "esporte" não seja violento. Ele usa o dicionário para defender que não há violência, mas agressividade. O interessante é que um dos verbetes para Violência, no dicionário Aulete, quer dizer: "O temperamento tempestuoso de quem facilmente fica agressivo"... é muito difícil separar uma coisa da outra.

3. Ele acaba se contradizendo, pois afirma que não existe violência, mas no parágrafo anterior diz que ela "faz parte".

4. Se há violência, tenho que admitir que seja mesmo pecado.

5. A comparação com o ciclismo e o automobilismo é forçada. Embora, por uma fatalidade, possa haver mortes, não são esportes que usam da violência. No UFC a violência é presente sempre.

6. A comparação com médicos e advogados é descabida!!!!
No caso do médico, deixar alguém morrer porque não tem plano de saúde é que é o errado. Ainda um criminoso, deve ser atendido e a vida preservada.
No caso do advogado é uma completa desinformação. Um advogado não é obrigado a defender um assassino estuprador se for réu confesso. Ele defende se quiser e, na minha opinião, defender um réu confesso para atenuar sua pena seria complicado.

Por último, quanto a ser profissional (de qualquer área) e cristão, sempre haverá momentos de escolha.
- Um contador cristão não deve ajudar seu cliente a sonegar impostos, ainda que perca o cliente;
- Um político cristão não poderá se envolver em falcatruas, ainda que lhe custe o cargo;
- Um lutador cristão... será que só tem como ganhar a vida no violento mundo do UFC e afins?

Grande abraço.

Jaeder Júnior disse...

Tudo ótimo Pastor, Graças a Deus!

Eu formulei mal o início da pergunta, e na verdade eu queria saber mesmo sua opinião sobre o que ele disse no livro.

Obrigado pela atenção e pela resposta, gostei muito.

Concordo inteiramente com a resposta, só fico pensando um pouco sobre a última frase, "Um lutador cristão... será que só tem como ganhar a vida no violento mundo do UFC e afins?", será que o "cara" vai saber fazer outra coisa na vida?

Grande Abraço.

Milton Jr. disse...

Jaeder Jr.,
Sobre a última frase, deixa eu explicar então.
Será que ele não poderia trabalhar como professor de artes marciais? Um professor de artes marciais não precisa necessariamente ser um lutador no UFC... ele poderia ensinar defesa pessoal? Ele poderia ser segurança? As possibilidades são várias...

É claro que ele pode não ganhar tanto dinheiro como no UFC, na verdade, ganharia bem menos, porém, isso acontece também com um contador que decide não trabalhar para firmas que queiram sonegar impostos... o seu "público" ficará um tanto restrito..

Agora, se o UFC fosse a única alternativa para um "lutador", penso que deveria mesmo rever o seu modo de "ganhar o pão".

grande abraço.

Bruno Vieira Rodrigues disse...

E ai Milton tudo joia?

Post sensacional, muito proveitoso.

Milton Jr. disse...

Valeu Bruno!
Grande abraço.

Jaeder disse...

Revº Milton, já que meus 2 filhos postaram comentários, não vou deixar de fazê-lo também, só dizendo que concordo em gênero, número e grau com o seu texto. É bíblico. Grande abraço!

Milton Jr. disse...

Caríssimo Jaeder,
É muito bom "ver" toda a família por aqui.. rs.
Grande abraço e obrigado pelo incentivo!

Vinicius Ronconi disse...

Apesar da grande demora na resposta, eu vou me atrever a dar meus pitacos, mesmo sem ter lido todos os 58 comentários até o fim.

Concordo com os argumentos expostos pelo Ricardo Coelho, em comentário no dia 08/07 às 09:11. Será que os comentários feitos pelo Anderson Silva e pelo Chael Sonnen são a regra ou a exceção no UFC? Estou tentando puxar pela memória outros eventos recentes e não recordo de nenhum com declarações tão contundentes. Até procurei no site pela coletiva de imprensa para ver se as demais também tiveram declarações do tipo, mas não encontrei os textos. De toda forma, assisti à pesagem oficial no dia anterior à luta e o único caso em a ira ficou evidenciada foi na luta entre os dois cidadãos já citados. Em todas as outras lutas, os envolvidos se cumprimentaram sem nenhum excesso.

Outro ponto importante é a premissa que estamos assumindo a respeito do "esporte": Qual é o objetivo do MMA? O objetivo do esporte não é causar os maiores danos possíveis nos atletas. Se fosse assim, o vencedor seria quem causou mais hematomas no adversário e não aquele que com uma boa técnica conseguiu imobilizar o adversário com 15 segundos de luta.

Como bem colocou o Ricardo Coelho, o problema maior pode estar nos olhos de quem vê: um pode querer ver uma carnificina com o tatame todo manchado de vermelho, enquanto outra pessoa quer ver aquele que é capaz de usar a técnica para acabar com a luta no menor esforço possível.
Acredito que podemos traçar aqui um paralelo com o automobilismo. Duas pessoas vendo a mesma corrida podem ter interesses bem diferentes: um quer ver o piloto perder o controle do carro e bater a mais de 300Km/h e o outro está interessado apenas na competição entre os carros. E antes que algum eco-chato apareça por aqui com a ladainha da poluição ao meio-ambiente, muitas categorias são utilizadas como laboratórios para evoluções que surgirão em carros de passeio, como reaproveitamento de energia nas frenagens e motores elétricos/híbridos.

E quanto ao risco em que os lutadores se expõem, precisamos lembrar que eles são treinados e preparados para isto. É claro que um soco leve dado pelo Anderson Silva em qualquer um de nós será capaz de nos desmontar em 300 partes, mas se falamos de outro atleta preparado para tal, o impacto é bem distinto. Apenas para fazer um paralelo com outro esporte: Se eu resolver ir para a rua agora e correr 42,5Km, a chance de eu ter um sério problema cardíaco antes do Km 15 é muito grande, mas um atleta devidamente preparado para isto é capaz de correr toda a distância sem grandes problemas.

Finalmente, quanto aos excessos do MMA, creio que todo esporte, seja praticado de forma profissional ou amadora, pode levar a excessos. Se formos tratar isto como regra, podemos abolir vários outros esportes, como futebol, volei, basquete, para ficar apenas com os mais populares no Brasil, onde o 8º mandamento sempre fica nos vestiários, já que a maioria dos jogadores é dissimulada e alega não ter cometido as infrações que várias câmeras puderam filmar de diversos ângulos.

Milton Jr. disse...

Vinícius, meu camarada,

Bom ver o seu comentário aqui!

Muito do que você tratou eu já respondi em outros coments, mas quero frisar uma questão.

Comparar a violência do UFC com a de outros esportes não procede, pois enquanto em outros esportes ela é a "exceção", no UFC, querendo ou não, é a regra.

Sendo a violência pecado, não consigo pensar que seja biblicamente aceitável.

Quanto à quebra do 8º mandamento, seja nos vestiários, seja "para todos verem", continua sendo pecado!

grande abraço.

Milton Jr. disse...

Vinícius,
Em tempo: você quer se referir ao 8º mandamento (não furtar) mesmo? Ou estava pensando no nono (não dirás falso testemunho)?

Seja o que for, continua pecado.. rs

Anônimo disse...

Pessoal, li muitos comentários acima citados e percebi que alguns equívocos estão se propagando e gerando discórdia.

Comparar gladiadores com lutadores de MMA é um terrível engano. Gladiadores em sua maioria esmagadora, eram escravos, não tinham escolha senão lutar até morrer, lutadores escolhem viver o caminho da arte, no caso das artes marciais mistas não é diferente.

Esse esporte evoluiu muito, no começo eu confesso que era um absurdo, mas hoje é muito seguro, principalmente nesses eventos de grande porte.

Com respeito ao Anderson Silva, se ele realmente falou aquilo com raiva e não no intuito de promover a luta, pior pra ele, porque assim ele se absteve da graça de Deus. "Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus."
(Tiago 1:20)

Sou praticante de Jiu Jitsu Brasileiro e recentemente comecei a treinar luta em pé e MMA, por favor, não nos julguem como violentos, eu mesmo tenho 26 anos e nunca usei nada do que sei fora de um tatame.

Isso se assemelha muito às pessoas que olham os pastores evangélicos sempre com desconfiança por causa de alguns. Nós, no geral, não somos violentos, não espancamos ninguém nas ruas, respeitamos a hierarquia e os bons costumes, trabalhamos nosso auto-controle. Não pensem mal de nós.

Que a graça e a paz do Senhor Jesus Cristo seja com os irmãos. Abraços

Milton Jr. disse...

Jonas,
O post nada tem a ver com a conduta fora do octógono e sim com o "esporte" em si que, quer admitamos, quer não, é violento sim.

Graças a Deus muitos não levam essa violência tbm para fora, mas na minha opinião continua sendo errada a "modalidade" pelos motivos expostos no texto.

Grande abraço.

Pedro Henrique disse...

Achei muito interessante, e eu tambgém fazia taekwondo!

Marcela Lira Correia disse...

Lutar contra a carne é muito difícil

Não gosto de UFCs, mas isto se aplica a nosso dia-a-dia em pequenas coisas. Sem falar no dia do Senhor!
Como é doloroso no início saber que o que agrada ao Senhor fica tão longe do que agrada as multidões. E isso pouco a poucos nos afasta de muitos conhecidos, amigos e familiares. Nos rotulando como "beatas", "certinha", ou "santinha" e por aí se vai o preconceito. Sinto na pele a inversão dos valores. Certo é ser liberal. E nós crentes com nossas regras de fé guiados pela Bíblia somos tachados. Que Deus nos ajude a viver para honra e glória apenas Dele... E nos dê força porque a perseguição já vem de tempos e tende a piorar. E como o presbítero da igreja que congrego avisou: Logo seremos perseguidos por nossa igreja não realizar casamentos homossexuais e outras liberdades que são atuais e normais. Já que cada um hoje segue sua regra de vida!
Fiquem na paz todos vocês

Ítalo Camargo disse...

Agradeço por compartilhar o texto, nunca tinha visto nada a respeito, porém esse leva o meu "não curti(dislike)".
Gostei de alguns comentários que falaram a respeito da ética envolvida no MMA, onde os lutadores se respeitam dentro e fora do octógono, conhecem as regras e a maioria age conforme. Há exceções, onde geralmente as agressões verbais são verdadeiras, porém não tomemos a parte pelo todo. Sim é pecado mentir e manipular a verdade para conseguir mais ibope, não concordo e abomino isso; sim é pecado agir com violência para com o próximo, não concordo e abomino isso; porém é preciso ponderarmos os fatos e excluirmos os "achismos". O lutador sobe no octógono para ganhar a luta, ser superior as habilidades e inteligências de seu adversário e nunca para surrá-lo ou matá-lo. O mesmo assina contratos e termos de responsabilidade assumindo que cumprirá as regras e aceitará as devidas punições e multas caso as desrespeite. O lutador é um ser humano e possui tudo o que possuímos como sentimentos, educação, caráter, família, amigos, trabalho, colegas de trabalho e fé, então tudo isso que foi dito são os fatos. É errado acharmos que os lutadores lutam para ser violentos, usam de violência em suas lutas ou ganham suas vidas baseados nela, estes são os achismos. O lutador se prepara durante meses para uma luta, treina diversas técnicas de dezenas de artes marciais, prepara o seu corpo com os mais variados treinos de resistência, força, ganho muscular, perda de gordura, agilidade e reflexo; estuda o seu oponente; faz terapia para estar preparado psicologicamente e também trata de si mesmo como ser humano que busca melhorar no autoconhecimento e nos relacionamentos. Enfim o trabalho dele é esse, porém no texto é apenas avaliado 1% disso, os outros 99% são deixados de lado como se não existissem e eu entendo, afinal não é todo mundo que tem essa fração mínima de 1% do seu trabalho assistida por milhares de pessoas. Por fim, basta assistir aos cumprimentos entre os atletas e equipes nos finais das lutas, quer sejam antes ou depois dos anúncios dos pontos ou vencedores e verão qual era a real motivação dos lutadores, se era ser violento com meu adversário ou apenas cumprir com a minha obrigação, executar o meu trabalho e respeitar o meu adversário, que é tão ser humano quanto eu e é meu colega de profissão sujeito a mesma rotina de trabalho.
*Deixo um adendo, que foi o que mais me intrigou, se você é levado a desejar o mal de alguém por assistir a lutas de MMA, sente-se e age de maneira mais violenta durante, antes ou após ter assistido, então é preciso tomar providências, pois você está pecando. Tente achar o que leva você a agir dessa forma, se é a realização pessoal através do que é assistido, peça para que Deus mude o seu coração e busque oportunidades de crescer em seus conhecimentos técnicos sobre as diversas artes envolvidas no MMA e a apreciar os eventos como um admirador e não para alimentar uma vontade que te leva a pecar.

Um abraço e que Deus seja sempre o nosso primeiro em nossas vidas.

Pr. Isaias Chagas disse...

BOM DIA PASTOR!

FICO ENCANTADO QUANDO ALGUÉM LEVANTA E FALA A VERDADE. PARABÉNS PELA MATÉRIA. SOU PASTOR PRESBITERIANO, GOSTO DE ESPORTES, MAS ACHO QUE ESSE É MUITO VIOLENTO..MUITOS AFIRMAM DIZENDO QUE É UM MEIO DE EVANGELIZAR.. MAS JESUS NUNCA PRECISOU DE DAR UMA PANCADA EM ALGUEM.. SUAS PALAVRAS E PODER É QUE FAZIA A DIFERENÇA...

Rev. Ageu Magalhães disse...

Caro Milton, parabéns pelo texto. Bem escrito, bíblico e confessional. Continue escrevendo. Um abraço.

Robson B. M. Garcez disse...

Caro Milton Jr,
Tendo em vista que o assunto de seu "post' acima ter voltado "a tona nestes dias, estou postando (abaixo) o que escrevi a um amigo nosso, sobre isso. Abraço!

"Se alguém já é lutador profissional e passa por uma conversão, em vista da natureza desse esporte e similares (inevitavelmente, de agressão ao próximo) o normal seria o deixar tal prática, na perspectiva bíblica (de a ninguém, causar dano, ao contrário, de sermos aos outros canais de benefícios/bênçãos). Admitida, em caráter de transição do novo na fé ao cristão experimentado, dá até pra entender um convertido que ainda estivesse nessa forma de atividade. AGORA, um cristão - de quem se diz ser templo do Espírito Santo e instrumento da graça de Deus para um mundo que tem como um dos males a violência (não só física, reconheço) - adotar a prática desse esporte é uma incoerência. Se este último termo for pesado, substituam-no por "um desobediente desvio da finalidade à qual Deus nos chamou".

Anônimo disse...

Durante um período acompanhei as lutas do UFC. Mesmo gostando muito, em determinado momento percebi que o ensinamento bíblico e o espetáculo eram incompatíveis. Nunca mais assisti luta nenhuma. O texto é excelente e suas pacientes respostas aos comentários também. Abraços!

Anônimo disse...

Eu também descordo de crentes dispostos a tudo para se manterem em um determinado pedestal. Toda violência é discutível. E toda violência provoca violência. Acha essas lutas uma desproporcionalidade brutal, incompatível com o espírito desportivo. Olha, que l* Dan em Karatê Shotocan....

Unknown disse...

Excelente texto, bem fundamentado biblicamente.

Anônimo disse...

Muito inteligente, pois além de esclarecedora é uma forma de responder aos que assistem as violências praticadas por essa "arte" . Na minha adolescência pratique box, depois, durante muitos anos assisti muitas lutas e percebi que, ao assistir, sempre escolhemos um para vencer(por quem torcemos), o qual desejamos que bata o máximo em quem não torcemos. Pode ser arte, mas é impossível assistir sem gostar de violência. Deus continue te usando !!!
Ferir o semelhante é coisa séria...