Subscribe Twitter Twitter

28 de dezembro de 2013

O QUE ESPERAR DO ANO NOVO?

Toda virada de ano promove, na maioria das pessoas, a reflexão por tudo aquilo que foi vivido no ano anterior. São os momentos reconstruídos na memória, principalmente aqueles que causaram dor, desconforto, frustração ou grande indignação. Isso mesmo, nossa tendência é sempre lembrar os momentos ruins e, consequentemente, procurar exorcizá-los para que não se repitam no novo ano que se inicia. Também somos tentados a pensar que tais momentos não deveriam ter acontecido, afinal de contas bênção é sempre associada à saúde plena, ao dinheiro fácil e ao conforto absoluto. Isso ocorre devido à nossa cultura do individual, do consumo e do hedonismo, ou seja, bênção é tudo que vai ao encontro do sistema capitalista, ausência de bênção é tudo o que vai de encontro deste sistema. Não é por este motivo que as igrejas que prometem solução imediata ao sofrimento crescem assustadoramente?

Mas se formos honestos com as Sagradas Escrituras veremos que não é este o sistema de Deus. É claro que a saúde, os bens de consumo e o conforto podem ser bênção do alto, mas as tribulações também o são dependendo do contexto.

Quando lidamos com a trajetória redentiva estabelecida por meio da aliança da graça divina percebemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito, não importando se promovem o bem-estar ou o sofrimento do crente. O Senhor Deus preserva e governa soberanamente todas as coisas, incluindo seu plano redentivo. Logo, todos os seus eleitos estão incluídos neste plano perfeito para que toda a glória seja dada ao Todo-Poderoso. O autor de Hebreus demonstra um pouco do que argumento aqui:

E que mais direi? Certamente, me faltará o tempo necessário para referir o que há a respeito de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel e dos profetas, os quais, por meio da fé, subjugaram reinos, praticaram a justiça, obtiveram promessas, fecharam a boca de leões, extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram força, fizeram-se poderosos em guerra, puseram em fuga exércitos de estrangeiros. Mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos. Alguns foram torturados, não aceitando seu resgate, para obterem superior ressurreição; outros, por sua vez, passaram pela prova de escárnios e açoites, sim, até de algemas e prisões. Foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos a fio de espada; andaram peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos antros da terra. Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa, por haver Deus provido coisa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados. (Hebreus 11: 32 – 40)

E quanto a nós? O texto que segue se aplica aos eleitos contemporâneos:

Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma. (Hebreus 12: 1 – 3)

Por isso cada crente deve olhar para os sofrimentos do ano que se encerrou e se perguntar onde, neles, ocorreu o progresso do Reino e da minha esperança. Se 2013 foi ruim do ponto de vista do conforto e da prosperidade, certamente foi perfeito para o cumprimento da vontade de Deus.

Nossa oração deve ser submissa ao Senhor. Nossa súplica deve ser:

Senhor, livra-me de todo o sofrimento neste novo ano, mas se devo passar pelo dia mal, pelo vale da sombra da morte, então me fortalece e faça com que eu creia que Tu estás comigo em todos os momentos. Glorifica Teu Santo Nome na minha vida!”

Com este texto desejo um 2014 abençoado a todos, mesmo que esta bênção ocorra por meio do sofrimento e da perseguição.


Sola Scriptura.

26 de julho de 2013

Solus Christus, não solus papa!

Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo!

Com essas palavras o papa Francisco, Bispo de Roma, impactou o povo brasileiro com seu primeiro discurso no Brasil, por ocasião da XXVIII Jornada Mundial da Juventude (JMJ2013). Até mesmo os evangélicos contagiados com tanta empolgação fomentada pela imprensa, espalharam sua célebre frase nas redes sociais, “twitando” ou postando no Facebook. De fato, se tomássemos apenas esta única afirmação do papa poderíamos acreditar que para ele, somente Cristo (i.e, Solus Christus) é o único, suficiente, soberano e primaz cabeça da Igreja, certo?

O problema é que o papado não é somente não cristão, mas também abertamente anti- cristão. Historicamente, os papas ensinam aos seus fiéis que eles podem com suas obras chegar ao Céu porque o papa, o vigário de Cristo na terra, entende a Escritura para ensinar a verdade acerca da fé e prática. Para ele Cristo simplesmente não é suficiente. Os homens devem fazer sua parte também. Veja por exemplo, o dogma romano encontrado nas seções 10 a12 sobre a doutrina da justificação do Concílio de Trento:

Cân. 10. Se alguém disser que os homens são justificados sem a justiça de Cristo, pela qual ele mereceu por nós; ou que é por ela mesma que eles são formalmente justos — seja excomungado.

Cân. 11. Se alguém disser que os homens são justificados ou só pela imputação da justiça de Cristo, ou só pela remissão dos pecados, excluídas a graça e a caridade que o Espírito Santo infunde em seus corações e neles inerem; ou também que a graça pela qual somos justificados é somente um favor de Deus — seja excomungado.

Cân. 12. Se alguém disser que a fé que justifica não é outra coisa, senão uma confiança na divina misericórdia, que perdoa os pecados por causa de Cristo ou que é só por esta confiança que somos justificados — seja excomungado.

Seria Cristo ou o papa Francisco o verdadeiro Cabeça da Igreja?

Ao aceitar o pontificado, o papa Francisco reivindicou ser o Cabeça da Igreja. Sua teologia romana é consistente com a doutrina romana. Os Concílios da Igreja de Roma ensinam que:

- A “jurisdição sobre a igreja universal de Deus” pertence ao papa (Vaticano I, Capitulo 1);

- Que essa autoridade deve “permanecer ininterruptamente na Igreja” e que ele, o papa, “possui o primado sobre todo o mundo… e [é] o verdadeiro vigário de Cristo na Terra” (Vaticano I, caps 2 e 3);

- Que o Papa é a “fonte e fundamento visíveis para a unidade na fé e comunhão” Também se diz que “em virtude de seu oficio, isto é, como Vigário de Cristo e pastor de toda a igreja, o Pontífice Romano tem poder completo e supremo e universal sobre a Igreja” (Vaticano II).

Mas não para por aí

Você lembra do problema das indulgências que levou Martinho Lutero a publicar suas famosas 95 Teses contra os abusos papais? Pois bem, leia um trecho abaixo do Decreto onde o papa Francisco concede o “dom das indulgências” aos participantes da JMJ2013:

O Santo Padre Francisco, desejando que os jovens, em união com as finalidades espirituais do Ano da Fé, proclamado pelo Papa Bento XVI, possam obter os esperados frutos de santificação através da «XXVIII Jornada Mundial da Juventude», … manifestando o coração materno da Igreja, do Tesouro das satisfações de nosso Senhor Jesus Cristo, da Bem-Aventurada Virgem Maria e de todos os Santos, concordou que os jovens e todos os fiéis adequadamente preparados pudessem usufruir do dom das Indulgências”.

a. — concede-se a Indulgência plenária, que pode ser obtida uma vez por dia nas habituais condições (confissão sacramental, comunhão eucarística e oração segundo a intenção do Sumo Pontífice) e também aplicadas como sufrágio pelas almas dos fiéis defuntos, para os fiéis verdadeiramente arrependidos e contritos, que com devoção participarem nos ritos sagrados e nos exercícios piedosos que se realizarão no Rio de Janeiro”.

Segundo a teologia romana, as indulgências são: "… a remissão diante de Deus da pena temporal merecida pelos pecados, já perdoados quanto à culpa, que o fiel, em determinadas condições, adquire para si mesmo ou para os defuntos, mediante o ministério da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui o tesouro dos méritos de Cristo e dos Santos" (Catecismo da ICAR, n. 312).

Como vimos, Roma não mudou. Seus anátemas contra todo aquele que crê em Cristo como seu único e suficiente Salvador permanecem. A salvação somente pela graça mediante a fé (Ef 2.8,9) é trocada pelo esforço humano, por obras meritórias. O Senhorio do Rei dos reis continua sendo usurpado pelo papado. Logo, a Palavra de Cristo, infalível e verdadeira permanence substituída por dogmas, tradição e superstição humanas.

Conclusão

Quanto a nós, protestantes, cristãos herdeiros da Reforma, resta-nos lembrar o fundamento da nossa fé e doutrina, vida e piedade, alicerçado no fundamento dos apóstolos e profetas, tendo Jesus como sua pedra fundamental. Concluo com esta última citação de algumas das Teses de Lutero:

32 - Irão para o diabo juntamente com os seus mestres aqueles que julgam obter certeza de sua salvação mediante breves de indulgência.

33 - Há que acautelasse muito e ter cuidado daqueles que dizem: A indulgência do papa é a mais sublime e mais preciosa graça ou dadiva de Deus, pela qual o homem é reconciliado com Deus (33a tese).

34 - Tanto assim que a graça da indulgência apenas se refere à pena satisfatória estipulada por homens.

35 - Ensinam de maneira ímpia quantos alegam que aqueles que querem livrar almas do purgatório ou adquirir breves de confissão não necessitam de arrependimento e pesar.

36 - Todo e qualquer cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados, sente pesar por ter pecado, tem pleno perdão da pena e da dívida, perdão esse que lhe pertence mesmo sem breve de indulgência.

37 - Todo e qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, é participante de todos os bens de Cristo e da Igreja, dádiva de Deus, mesmo sem breve de indulgência.

Solus Christus,

Pr. Alan Kleber

Fonte de pesquisa:

http://www.monergismo.com/textos/credos/lutero_teses.htm

http://www.catequisar.com.br/texto/materia/fe/144.htm

http://tottustusmaria.com/maria/downloads/trento.pdf

http://www.vatican.va/roman_curia/tribunals/apost_penit/documents/rc_trib_appen_doc_20130709_decreto-indulgenze-gmg_po.html

27 de junho de 2013

Sobre as Manifestações

Há algum tempo atrás eu ouvia as notícias matinais no rádio, quando uma, em especial causou meu espanto: o Projeto de Emenda à Constituição nº 37 (PEC-37) que retirava do Ministério Público a tarefa de investigar crimes (inclusive a corrupção) havia sido aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Vale ressaltar que alguns deputados já condenados por corrupção ativa fazem parte dessa comissão. Então no mesmo dia comentei com minha esposa e perguntei: onde está o povo brasileiro que não sai às ruas para protestar contra uma calamidade dessas?

Enfim, o gigante acordou. A multidão está nas ruas, desde que o aumento nas tarifas de ônibus foi anunciado nas principais capitais dos estados do país. O aumento foi recuado, mas a multidão permanece nas ruas. Só há uma conclusão a tomar: não era pelos R$ 0,20. O aumento das tarifas foi só a gota d’água. As multidões estão revoltadas com a corrupção, com a má gestão do dinheiro público (a copa do mundo está orçada em R$ 33 bilhões, sendo que as três últimas copas juntas custaram menos que isso). A população percebeu que o mesmo dinheiro que foi investido na construção dos estádios poderia ter sido utilizado na saúde e na educação. Essas coisas eram prioritárias. Portanto, a terceira causa das manifestações é a falta de investimentos em educação e saúde.

Qual deve ser o envolvimento da igreja nessas questões? É lícito ao crente tomar parte em manifestações públicas como estas que estão ocorrendo pelo Brasil?

Os governos civis foram instituídos por Deus para reger manter a ordem e paz nas comunidades civis. Para isto, têm o poder do uso da espada (força), da cobrança de impostos para serviço da sociedade e o poder de legislar em prol do bem comum (Rm 13.1-7). A igreja deve então obedecer e respeitar as autoridades. No entanto, se o Estado exigir coisas contrárias à Palavra de Deus, os cristãos têm a obrigação de não obedecer, porque “antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.29).

Também a igreja se relaciona com o Estado o âmbito da moralidade. Dessa forma, ela tem a tarefa de se posicionar claramente, como uma voz profética, caso o Estado não cumpra o que é devido e quando ele se desvia do padrão aceitável de moralidade. É o caso da corrupção, do descaso com as necessidades reais dos cidadãos, como saúde, educação e segurança. Quando o Estado pratica a impunidade, a violência é encorajada e o crime tolerado. Os resultados são terríveis.

A Igreja sempre se relacionou com o Estado em obediência devido ao seu temor a Deus, mas em alguns momentos de desonestidade, imoralidade e ditadura da iniquidade, ela se posicionou contrariamente e até lutou. Por exemplo, “os huguenotes (calvinistas franceses) guerrearam dez vezes por sua fé na França; os calvinistas holandeses expulsaram com a força das armas os hereges invasores espanhóis; os puritanos ingleses decapitaram um rei por lesa patria – algo inédito na história – além de terem derrotado as tropas do rei (que impuseram a liturgia católica nas igrejas reformadas) no campo de batalha; os puritanos escoceses pegaram em armas para defender a liberdade de culto presbiteriana contra os anglicanos ingleses; e os presbiterianos estiveram na linha de frente da revolução americana, na época das treze colônias” (extraído e adaptado do artigo do Tiago Santos – Editora Fiel).

Eu creio que a igreja deve assumir algumas posições claras nesses tempos de crise. Contra a impunidade, a idolatria, a corrupção (que está ligada ao amor ao dinheiro – idolatria), o PLC 122/2006 (que impõe superdireitos aos homossexuais) e a falta de investimentos em saúde, educação e segurança. Deve, no entanto, fazer isto com moderação e sobriedade, sem jamais apoiar o vandalismo e a violência. Deve também evitar achincalhar as autoridades civis, o que seria uma clara desobediência ao mandamento de Deus. Eu creio que Deus pode usar nosso patriotismo como uma causa secundária de sua providência para o bem de nossa nação. Mas não nos esqueçamos também de que as nossas armas são diferentes. Ouçamos as palavras de Paulo: “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito. Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador” (1Tm 2.1-3; cf. 1Pe 2.11-17). Vamos trabalhar, orar e jejuar: “Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao Senhor; porque na sua paz vós tereis paz” (Jr 29.7).

Que Deus abençoe a nossa nação!


Pr. Charles

11 de junho de 2013

Amor de Irmãos



Geralmente nutrimos uma noção de nós mesmos que nem sempre corresponde à realidade. Achamos que está tudo bem, que conhecemos a Bíblia, que vivemos de acordo com ela e até criticamos a superficialidade da teologia dos nossos irmãos pentecostais. Perdura, no entanto, uma realidade muito triste: olhamos para as ruínas do lado de fora dos nossos muros, quando a destruição está rondando o sossego do nosso próprio regato.

Você já reparou como as família não tem se preocupado em aplicar o mandamento de amar o próximo dentro de casa? Nossas crianças sabem falar de cor o mandamento que resume a segunda tábua da lei, mas não sabem demonstrar carinho uma pela outra. Certa vez vi uma cena que me entristeceu muito. Um menino morrendo de sono numa igreja desejava se recostar no ombro de sua irmã mais velha, e ela, sem piedade alguma, o empurrava trazendo-lhe frustração e muito incômodo. Enquanto via aquela cena, eu me perguntava: por que irmãos crentes vivem assim? Quanto custa demonstrar compaixão e amor por quem vive ao nosso lado todos os dias e de quem sentiremos muita falta no futuro?

É muito comum o sentimento de frustração e remorso de quem teve oportunidade de amar e não o fez, quando já é tarde demais para correr atrás do prejuízo. Eu fico me lembrando de quando eu convivia com meus irmãos quando eu era criança. Foram muitas oportunidades de demonstrar carinho, atenção, amizade, que já se foram. Hoje moro a seis horas e meia de distância de uma irmã e de um irmão, dez horas do outro e oito horas da outra. Morro de saudades deles e não posso vê-los na hora em que quero. Jamais pensei em minha infância que eu ficaria distante deles. Provavelmente, ficarei a cerca de 12 horas de avião de distância deles no ano que vem. Queria voltar no tempo para fazer cafuné nas minhas irmãs, para andar de mãos dadas com elas no Shopping, para brincar mais com meus irmãos, conversar mais sobre carros, máquinas e games, e brigar menos com todos eles, mas o tempo não volta jamais.

Por que você, que hoje tem seus irmãos perto de você deveria tratá-lo apenas com rivalidade? Trate com amor! O mandamento de amar o próximo começa dentro de casa. Se você não ama a seu irmão, a quem vê, como amará a Deus, a quem não vê? Além disso, a Palavra de Deus nos exorta a amar o próximo não apenas de lábios ou de língua, mas de fato e de verdade. Não é só dizer “eu te amo” de vez em quando; é necessário ir além, fazer favores, buscar água quando ele pedir, pegar a toalha de banho quando ele entra no chuveiro e esquece, sem reclamar. A coisa mais rara hoje em dia é ver um irmão deitado no colo do outro recebendo carinho e afeto. Sim, alguma coisa está profunda e gravemente errada!

Se você leu essas palavras, e se elas pesaram em seu coração, não defenda sua consciência; não formule racionalizações para justificar sua omissão e falta de amor. Admita que você tem sido relapso quanto ao mandamento de amar o próximo dentro de casa. Quer alguém mais próximo do que o irmão ou irmã que mora na mesma casa? Se tem alguém que precisa o tempo todo de nosso amor, é o irmão com quem moramos. Peça perdão a Deus por sua atitude e se esforce a amar de fato e de verdade aquele que passa pelas mesmas lutas e alegrias que você no contexto familiar. Quando vêm as alegrias, vocês estão juntos; quando vêm as tristezas, vocês estão juntos também.

Ame agora, enquanto é tempo. Um dia o conto de fadas vai acabar e a realidade vai colocar milhares de quilômetros de separação. Aí só restará a saudade e a comunicação remota, quiçá a frustração de não ter amado como deveria antes. Infelizmente, será tarde demais.

Pr. Charles

1 de junho de 2013

Sorteio de LIVROS

Margarete Solino, Flavia Duraes e Maicon Custódio

Vocês foram sorteados com os livros. Enviaremos para suas casas. Apenas mandem um e-mail com o logradouro.

A demora no sorteio se deu por minha culpa, pois viajei. Conto com a compreensão de todos.

Grande abraço,

Samuel

9 de maio de 2013

Olhos de Mãe



Os olhos que temeram no espelho, do corpo, a mudança...
São os mesmos olhos que brilharam ao ter nos braços sua criança.

Os olhos que assistiram os momentos de choro de aflição...
São os mesmos olhos que contemplaram o primeiro sorriso de satisfação.

Os olhos que marejaram ao ver o filho indo para a escola pela primeira vez...
São os mesmos olhos que se alegraram vendo as brincadeiras da meninez.

Os olhos que se esbravejaram no momento da repreensão...
São os mesmos olhos que se enterneceram diante da meiga afeição.

Os olhos que se arregalaram diante do perigo iminente...
São os mesmos olhos que insinuaram alívio diante do obedecente.

Os olhos que choraram o amargor do filho malcriado...
São os mesmos olhos que testemunharam o arrependimento inconsolado.

Os olhos que enxergaram além do que o horizonte infantil proporciona...
São os mesmos olhos que protegem o ente qual forte amazona.

Os olhos que miraram a Bíblia enquanto a lia com devoção...
São os mesmos olhos que se fecharam por minha causa em oração.

Os olhos que se cerraram para não ver os defeitos...
São os mesmos olhos que sorriram nos desastrosos desjeitos.

Os olhos que pela fé imaginaram do Redentor a aparência...
São os mesmos olhos que o contemplarão face a face em toda luminescência!

Feliz Dia das Mães!

Pr. Charles

10 de abril de 2013

Vamos Pensar?


Joelmas e Danielas, Genoínos e Felicianos, Jeans e Bolsonaros...

Eu realmente queria que as pessoas pensassem onde vamos parar com o rumo que a mídia, o governo e (me permitam: como massa de manobra) a sociedade têm refletido sobre o movimento gay e suas últimas ações.

Todas as pessoas precisam ser respeitadas dentro dos limites e direitos que lhes são assegurados na nossa Carta Magna, entretanto os direitos à liberdade (religiosa e de expressão) tem sido cerceados para todas as pessoas que não apoiam integralmente o homossexualismo. 

Contraditoriamente, a recíproca não é verdadeira. Veja o exemplo de duas cantoras famosas que vieram à mídia nos últimos dias. Daniela Mercury se declarou homossexual e em união homoafetiva com uma jornalista e publicou fotos lésbicas que foram bem aceitas e até festejadas; por outro lado, uma mera declaração de Joelma (do Calypso) contrária em sua opinião ao casamento homossexual com base em sua fé, foi motivo de retaliações e até atos de violência.

Marcos Feliciano - por quem não nutro nenhuma admiração teológica - tem sido a bola da vez da mídia; e quando vai pregar a sua fé em igrejas pelo Brasil, ativistas gays entram em locais reservados e protegidos pela Constituição para realizarem seus beijaços, e quem é visto como intolerante e radical não são os que usam a violência e a truculência para impor a sua ditadura! Enquanto isso, 'fichas sujas' como José Genoíno presidem sem qualquer foco ou pressão outras comissões importantes... e assim caminha o nosso Congresso Nacional.

Declarações contra o homossexualismo como as de Jair Bolsonaro são imediatamente vistas como loucas e radicais, enquanto figuras como Jean Wylliams podem até desfazer da fé alheia e atacar quem crê na Bíblia de forma ríspida e deseducada e intolerante que nenhuma frase na mídia é dita contra isso.

Os casos se multiplicam, os problemas se agigantam, e eu chamo o povo brasileiro à uma reflexão honesta e sincera, sem fazer proselitismo religioso ou qualquer coisa dessa ordem.

Temos ou não liberdade de expressão? Podemos ou não aceitar um credo religioso que não incite qualquer tipo de rebelião contra a dignidade humana? Podemos ou não pensar diferente de outros?

... Ou sera que serei rechaçado também simplesmente por chamar o povo para pensar?